Economia

Brasil: empresas negam especulação com câmbio

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postado em 26/09/2008 15:48
Marcopolo (transportes), Marfrig (frigoríficos) e Cosan (álcool e açúcar) divulgaram comunicados em que afirmam ter práticas conservadoras para suas aplicações de câmbio, um dia após Sadia e Aracruz terem admitido perdas devido a operações com a moeda americana. "A empresa não tem exposição alavancada em derivativos de variação cambial com caráter especulativo, limitando-se ao gerenciamento de risco por meio de hedge (proteção)", afirma a diretoria da Cosan. A Marcopolo, por sua vez, afirmou que "não pratica operações de derivativos ou de outros instrumentos financeiros que não objetive a proteção das operações realizadas com o mercado externo". Ainda de acordo com a empresa, "os efeitos da flutuação do câmbio não afetarão de forma significativa os resultados". Já a Marfrig comunicou que "não pratica operações alavancadas de derivativos ou instrumentos similares", além da "proteção mínima de sua exposição a outras moedas". Segundo a empresa, uma parcela de 70% das receitas "são originadas de outras moedas que não o real" e que por isso, a "Marfrig possui um hedge natural para fazer frente aos vencimentos de suas obrigações em moeda estrangeira". Sadia e Aracruz Ontem, após o encerramento dos mercados, a Aracruz reconheceu que algumas de suas aplicações financeiras foram fortemente influenciadas "pela recente instabilidade das cotações do dólar norte-americano decorrente do momento de grande volatilidade dos mercados mundiais". A Sadia, poucas horas antes, havia revelado que apurou perdas de R$ 760 milhões com a crise internacional. Em comunicado ao mercado, a Sadia justificou o prejuízo devido à "severidade da crise internacional e da alta volatilidade da cotação da moeda norte-americana".

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