Economia

Natura adia planos de investir nos EUA

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postado em 23/10/2008 10:02
A Natura adiou os planos de operar nos Estados Unidos. A empresa havia informado que iniciaria em 2009 as vendas de seus produtos no país. Segundo o vice-presidente de finanças e informações da Natura, David Uba, a decisão foi tomada com base na situação atual da economia norte-americana. O executivo não deu um novo prazo para a entrada nos EUA, e ressaltou que a Natura vai priorizar as operações em consolidação na América Latina, especialmente na Argentina, Chile e Peru. "Nossas oportunidades na América Latina são maiores. Vamos concentrar nossos esforços nesses países", afirmou. Segundo ele, a companhia vai manter as operações na França como parte do conjunto de ações para a construção da marca. No terceiro trimestre, a Natura registrou um lucro líquido consolidado de R$ 154 milhões. O montante é 31,6% superior aos R$ 117 milhões registrado em igual período do ano anterior. A receita líquida consolidada do grupo foi de R$ 921,1 milhões no trimestre, um crescimento de 22,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Considerando-se apenas as operações brasileiras, a receita foi de R$ 868,4 milhões, um crescimento de 21,4%. Segundo David Uba, o crescimento da receita pode ser creditada, em boa parte, aos aportes adicionais em marketing, que acumulam R$ 55 milhões de janeiro a setembro. A empresa anunciou no início do ano aportes adicionais de R$ 400 milhões em marketing até 2010 sem, no entanto, revelar qual o aporte total. Segundo ele, os investimentos adicionais, que apenas no terceiro trimestre foram de R$ 29 milhões, devem elevar a participação de mercado da Natura em seu mercado alvo. Nos seis primeiros meses do ano, a companhia reduziu sua fatia para 21,8%, ante 22,5% do mesmo período do ano passado, conforme a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal e Cosméticos. "Aguardamos por melhores resultados no segundo semestre", afirmou. O executivo ressaltou ainda que a empresa não registrou perdas com a recente desvalorização do real. Segundo informações do balanço da empresa, é estimado um resultado líquido financeiro favorável de aproximadamente R$ 12 milhões no segundo semestre, levando-se em consideração uma taxa de câmbio de R$ 2,19. "Não perdemos e até tivemos ganhos com a valorização do dólar", afirmou.

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