Economia

Petrobras confirma construção de mais uma planta de GNL

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postado em 03/11/2008 12:48
A Petrobras confirmou nesta segunda-feira (03/11) que vai construir mais uma terminal de regaseificação de GNL (Gás Natural Liquefeito) no país. Será o terceira da empresa, e segundo a diretora de Gás e Energia da estatal, Maria das Graças Foster, "muito provavelmente" será feito na região Sul, em local próximo à malha de gasodutos da empresa. A estatal já inaugurou uma unidade em Pecém (CE) e vai iniciar, em breve, operações no terminal da Baía de Guanabara (RJ). O terceiro projeto estava em avaliação e foi confirmado desta vez. "Vai ter esse terminal, é fato, mas não na loucura e correria dos outros dois, que antecipamos em pelo menos cinco meses em relação ao cronograma original. Muito provavelmente será no Sul, e ainda não há um ponto exato", afirmou, após participar do 2° Fórum Internacional do Direito do Petróleo e Gás Natural, promovido pelo IBDE (Instituto Brasileiro de Estudos do Direito da Energia). Foster observou que pretende começar o desenvolvimento do projeto básico da nova planta de GNL no ano que vem, e que é preciso fazer com "bastante cuidado e cautela". Ela destacou que a opção por construir a planta longe da malha de gasodutos encareceria o custo de infra-estrutura, e consequentemente, o preço do gás. Em relação a possíveis prejuízos da crise financeira sobre projetos da Petrobras, a executiva afirmou que os bons projetos terão financiamento garantido, em um momento de crédito curto. Para Foster, a crise já não aparenta ser o "terror" que se apresentava, mas admitiu que o momento é de reavaliar os projetos. "Existia um pouco de mais no futuro e um pouco de menos no presente, na interpretação da real situação financeira." A diretora destacou a "robustez e reservas inquestionáveis" da Petrobras, e que por isso, não enxerga pessimismo para a estatal diante da crise. Ela lembrou que os projetos de exploração de petróleo são viáveis com o barril de petróleo tipo Brent cotado a US$ 35, como o pré-sal. "Se a gente fala de pré-sal, o futuro é bastante otimista. Para bons projetos, a economia vai buscar soluções", salientou. Foster não confirmou possíveis parcerias entre a Petrobras e a russa Gazprom, uma da principais produtoras de gás natural do mundo. Ela, no entanto, admitiu que existe uma aproximação entre as empresas, com interesse mútuo. "Não sei como ela vem, sei que está vindo. Mas não há nenhum fato com a Petrobras que tenha acelerado essa vinda", explicou, lembrando que as duas companhias assinaram, há alguns anos, memorando de entendimentos para avaliar possíveis parcerias.

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