Economia

Seguradoras e commodities derrubam Bolsas européias

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postado em 12/11/2008 15:51
As Bolsas européias fecharam em baixa nesta quarta-feira. Foi o segundo dia consecutivo de perdas, com as expectativas dos investidores de que os lucros das empresas sofrerão quedas acentuadas em meio à crise financeira. Os papéis do setor de seguros estiveram entre as maiores perdas do dia, mas o recuo nos preços das commodities afetaram as ações das mineradoras e petrolíferas. A Bolsa de Londres fechou em baixa de 1,52% no índice FTSE 100, ficando com 4.182,02 pontos; a Bolsa de Paris caiu 3,07% no índice CAC 40, fechando com 3.233,96 pontos; a Bolsa de Frankfurt caiu 2,96% no índice DAX, para 4.620,80 pontos; a Bolsa de Milão recuou 2,25% no índice MIBTel, ficando com 15.833 pontos; a Bolsa de Zurique teve baixa de 3,03%, encerrando o dia com 5.702,86 pontos no índice Swiss Market; e a Bolsa de Amsterdã teve queda de 3,06% no índice AEX General, indo para 249,25 pontos. As ações da Swiss Life Holding caíram 16%, depois que abandonou sua meta de lucros para este ano. A empresa informou que não conseguirá atingir a meta de US$ 1,6 bilhão em lucros anunciada em agosto. A seguradora ainda planeja interromper seu programa de recompra de ações. Hoje o grupo holandês bancário e de seguros ING anunciou um prejuízo de 478 milhões de euros (US$ 598,9 milhões) no terceiro trimestre de 2008. Foi o primeiro prejuízo já registrado pela empresa. O ING já recebeu uma injeção de capital estatal de 10 bilhões de euros (US$ 12,5 bilhões). Neste mês a companhia já havia anunciado que, devido à crise financeira internacional, sofreria uma perda de cerca de 500 milhões de euros (US$ 626,3 milhões) no terceiro trimestre de 2008. No setor de mineradoras, as ações da BHP Billiton caíram 8,3%, com a queda no preço do cobre. Já a British Gas teve perda de 5,7%, com a queda no preço do petróleo --o barril da commodity chegou a recuar para o território dos US$ 56 em Nova York. Hoje o Banco da Inglaterra (BC britânico) divulgou seu relatório de inflação, no qual afirma que a economia britânica provavelmente já entrou em recessão neste segundo semestre. A recuperação pode chegar apenas no segundo semestre de 2009. Além disso, a Agência de Estatísticas Nacionais informou que o desemprego no Reino Unido atingiu o nível mais alto desde 1997 no terceiro trimestre: segundo o órgão do governo, o número de pessoas sem emprego subiu para 1,825 milhão em três meses até setembro. O presidente do BC britânico, Mervyn King, disse que a instituição está pronta para reduzir sua taxa de juros o quanto for preciso para evitar uma recessão. Na semana passada, o banco reduziu sua taxa em 1,5 ponto percentual, para 3% ao ano.

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