Economia

Japão e UE anunciam planos de recuperação da economia

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postado em 13/12/2008 08:21
Em mais um esforço para amenizar a recessão em que já estão mergulhados, Japão e União Européia (UE) anunciaram nessa sexta-feira (13/12) pacotes multibilionários para impulsionar a retomada do crescimento econômico. Os governos japonês e dos países europeus apostam num misto de aumento de investimentos públicos, corte de impostos e empréstimos de socorro aos setores mais afetados pela crise mundial. O plano japonês, que tenta animar a segunda maior economia do mundo, é de 23 trilhões de ienes, o equivalente a US$ 255 bilhões. O programa europeu é de 200 bilhões de euros, o correspondente a 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do grupo.

;A situação econômica está pior do que o esperado. Por isso, estamos adotando novas medidas. Tentaremos ser os primeiros a sair da recessão, pelo menos entre as nações industrializadas;, disse o primeiro-ministro japonês, Taro Aso. Essa é a segunda iniciativa do governo japonês para amenizar os efeitos da crise. Em outubro, as autoridades econômicas já haviam anunciado um programa de 27 trilhões de ienes (US$ 300 bilhões). Na sexta-feira (13/12), Aso comunicou medidas como a redução das taxas para proprietários de imóveis, garantias de empréstimos para empresas em dificuldades, capitalização de empresas e auxílio aos trabalhadores demitidos.

A economia japonesa entrou em recessão no terceiro trimestre, com um recuo de 0,5% no PIB, depois de uma baixa de 1% no segundo trimestre. O setor bancário do país vem sofrendo menos que o norte-americano e o europeu, mas as indústrias exportadoras sofrem com a queda da demanda mundial. As empresas japonesas anunciaram vários planos de demissões nas últimas semanas. A Sharp informou ontem que vai demitir 380 pessoas da produção de telas planas (LCD).

Espiral
Segundo comunicado da Comissão Européia, braço executivo da UE, seu programa tem como objetivo sustentar a demanda e combater a perda de dinamismo econômico no grupo. O documento foi apresentado ontem, ao fim de uma reunião de líderes em Bruxelas (Bélgica). ;As medidas trarão uma contribuição decisiva para a volta rápida da economia da região ao caminho do crescimento e da geração de emprego. A União Européia agirá de maneira unida, forte, rápida e decisiva para evitar uma espiral de recessão e sustentar a atividade econômica e o emprego;, assinalaram os chefes de governo no texto.

A maior parte dos recursos (170 bilhões de euros) sairá dos orçamentos nacionais. Os cofres do bloco e do Banco Europeu de Investimentos (BEI) deverão arcar com o restante. As medidas vão de ações de apoio aos setores mais afetados pela crise, como os de automóveis e construção civil, a reduções de impostos e auxílio direto a famílias de desempregados. Uma revisão será feita em março de 2009 com eventuais mudanças necessárias.

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