Economia

Bolsas europeias caem com perdas nos setores de mineração e energia

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postado em 27/01/2009 10:35
As Bolsas europeias operam em baixa nesta terça-feira (27/01). As perdas nas ações dos setores de mineração e energia ofuscaram os ganhos no setor financeiro e a ligeira recuperação da confiança na economia da Alemanha. Às 10h (em Brasília), a Bolsa de Londres estava em baixa de 1,43% no índice FTSE 100, indo para 4.148,83 pontos; a Bolsa de Paris caía 1,01% no índice CAC 40, indo para 2.925,42 pontos; a Bolsa de Frankfurt tinha baixa de 0,85% no índice DAX, operando com 4.289,92 pontos; a Bolsa de Amsterdã tinha queda de 1,95% no índice AEX General, que estava com 243,05 pontos; a Bolsa de Zurique, estava em queda de 1,60%, com 5.330,30 pontos no índice Swiss Market; e a Bolsa de Milão tinha baixa de 1,15% no índice MIBTel, que ia para 14.022 pontos. Hoje, fontes do governo alemão disseram que o gabinete da chanceler, Angela Merkel, aprovou uma nova ajuda de 50 bilhões de euros (cerca de US$ 66 bilhões) para estimular a economia do país. O pacote inclui investimentos em infraestrutura, cortes de impostos e ajuda ao setor automobilístico. Hoje também o instituto alemão de pesquisas econômica Ifo informou que o índice de confiança na economia teve um ligeiro ganho, indo para 83 pontos, contra 82,7 em dezembro. As estimativas para a economia alemã, no entanto, não são positivas: o Fundo Monetário Internacional (FMI) informou neste mês que a economia do país terá uma contração de 2,5%. Já o governo projeta uma contração de de 2,25% no Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2009. Os dados não conseguiram elevar o ânimo dos investidores. O setor de energia e commodities registra as maiores quedas hoje. Com a perspectiva de uma desaceleração econômica global acentuada, caem as previsões de investimentos em infraestrutura - o que reduz as estimativas de consumo de matérias-primas e de energia. O diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, lamentou ontem que se tenha feito "muito pouco" contra a crise desde a reunião dos principais países industrializados e em desenvolvimento do G20, em novembro. "Foi feito muito pouco. Não digo que não tenha sido feito nada, mas as coisas marcham muito, muito lentamente", disse. Ontem, o primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, disse que a crise econômica na Espanha deve durar até o fim deste ano. Ele reconheceu que 2008, encerrado com recessão e desemprego de quase 14%, "foi um ano nefasto", e recomendou "confiança" e "otimismo" a seus interlocutores diante da crise. O FMI, por sua vez, previu que a economia da Espanha sofrerá uma contração de ao menos 1% em 2009. Para o Fundo, a recuperação do país depende da aplicação de reformas profundas. Em novembro, Zapatero anunciou que o governo destinará 11 bilhões de euros para obras e equipamentos públicos como intuito de criar postos de trabalho e recuperar a economia.

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