Economia

Fecomércio-SP: consumidor vê presente nebuloso, mas segue otimista com futuro

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postado em 10/03/2009 15:11
Em meio aos desdobramentos da crise internacional, os consumidores brasileiros veem o presente em condições nebulosas, mas ainda estão otimistas em relação ao futuro da economia. Segundo divulgou nesta terça-feira (10/03) a Federação do Comércio de de São Paulo (Fecomercio), o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de março recuou 3,5% em relação ao mês anterior, aos 128,2 pontos - cerca de cinco pontos abaixo de fevereiro. O indicador aponta otimismo, considerando uma escala que varia de zero até 200, em que o pessimismo fica abaixo de cem pontos. Dos dados que compõem o ICC, o Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA), sobre a percepção dos consumidores em relação à situação presente da família e do país, caiu 10,1% no mês, aos 115,8 pontos, o menor patamar desde outubro de 2005. Em um ano, o indicador perdeu quase 25%. Já o IEC (Índice das Expectativas do Consumidor) mostrou variação mensal positiva, de 0,6%, para os 136,4 pontos em março. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve queda de 5,1%. A tendência, segundo análise da Fecomercio, é de redução da confiança do consumidor, apesar de o ICC apontar otimismo em março e ter registrado alta em fevereiro, a primeira após quatro meses de queda consecutiva. 'Fora da curva' Para o economista da Fecomercio Thiago Freitas, a variação positiva de fevereiro pode ser qualificada como "ponto fora da curva", ou "mera pausa na trajetória negativa do ICC, e não de uma reversão de tendência". "A trajetória de queda está claramente espelhada nas instabilidades do momento econômico do país, em que as más notícias econômicas têm se alternado com algumas ações do governo no sentido de atenuar os impactos da crise internacional sobre a economia brasileira", avalia. Renda. Na segmentação por renda, os consumidores que recebem mais de dez salários mínimos, foram os principais responsáveis pela queda do ICEA, com baixa de 19,2% chegando a 112 pontos. "O consumidor, embora apreensivo e cauteloso quanto às turbulências no presente qualificando-as como potencialmente graves, ainda mantêm boas perspectivas para a sua situação futura, acreditando que a crise será passageira e que economia brasileira vai conseguir se recuperar a médio prazo", avalia Freitas.

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