Economia

Cai venda de material de construção

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postado em 19/03/2009 08:37
A crise econômica derrubou a procura dos brasileiros por materiais de construção. A queda em relação a 2008 foi de 21,4% em fevereiro e de 18,5% no acumulado do primeiro bimestre. Os números, divulgados nesta quarta-feira (18/03) pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), mostram que o recuo nas vendas foi verificado tanto nos materiais de base, quanto nos de acabamento. Os primeiros tiveram 20,3% menos demanda e os segundos, 14,6%. Apesar do resultado negativo, no acumulado dos últimos 12 meses houve crescimento nas vendas de 7,4%. O setor aposta em uma recuperação com o anúncio do pacote de incentivo à construção civil pelo governo federal nos próximos dias e ainda levanta a bandeira de isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) por dois anos. ;A falta de uma decisão sobre as condições do pacote e a data de seu anúncio cria uma indefinição para o setor. Mas a isenção geraria uma redução de custos dos materiais em média de 7%, beneficiando de imediato a baixa renda. Se as medidas não forem tomadas já, caminharemos para uma difícil recuperação;, afirma o presidente da Abramat, Melvyn Fox. Na expectativa do pacote e da possível recuperação que ele resultaria, o setor prevê um crescimento de vendas neste ano de 5% em relação a 2008. No Distrito Federal, os números também mostram uma radiografia pessimista do setor, de acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Materiais de Construção do DF (Sindmac-DF), Cecin Sarkis. Em janeiro deste ano, o resultado ficou estável em relação ao mesmo mês do ano passado, mas, em fevereiro, as vendas despencaram 9%. ;Brasília também está sofrendo, não existe esta situação de que aqui a crise não chegou. Há uma grande preocupação de como vamos reagir;, afirma. Preços Apesar da queda na demanda, os preços dos materiais de construção estão subindo acima da inflação, segundo números da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Os materiais de construção estão 0,66% mais caros no acumulado de 2009, enquanto o Índice Geral de Preços 10 (IGP-10) registra deflação de -0,62%.

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