Economia

Odebrecht rejeita processo do Equador sobre obras em hidroelétrica

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postado em 05/05/2009 18:52
A construtora Odebrecht rejeitou nesta terça-feira (5/05) a ação apresentada na semana passada pelo Equador à Câmara de Comércio de Ambato, centro do país, por falhas nas obras da hidroelétrica de San Francisco, e afirmou que Quito violou os direitos da empresa. Na segunda-feira, Jorge Glass, presidente do diretório do Fundo de Solidariedade, entidade encarregada da gestão das empresas elétricas nacionais, confirmou à imprensa que havia entrado com uma ação de arbitragem contra a construtora no valor de US$ 250 milhões, como anunciou em abril. "Pela contundência do relatório da Electroconsult (empresa de consultoria italiana que fez a perícia para o estado equatoriano), estimo que vamos ganhar a ação", disse Glass em entrevista. De acordo com o diretor do Fundo, o relatório da empresa de consultoria afirma que as obras técnicas da hidroelétrica não foram concluídas e, por isso, assim como pelos prejuízos causados pela paralisação e pelos consertos da hidroelétrica, o país interpôs o processo. Diante dessas acusações, a Odebrecht divulgou hoje um comunicado no qual afirmou que a Hidropastaza, concessionária do projeto da central hidrelétrica de San Francisco, reconheceu formalmente que a central foi "concluída a contento", e que o consórcio (que tem ainda as empresas Alstom e Vatech) "cumpriu satisfatoriamente" o contrato. "Com base neste reconhecimento, a central San Francisco entrou em operação em junho de 2007", informou a empresa. Além disso, a nota explica que a empresa, "em demonstração de boa fé, realizou retificações além das obrigações contratuais, cedeu a participação em outros quatro projetos de infraestrutura no Equador e permaneceu em silêncio". A construtora acusou o Estado equatoriano de violar os direitos da empresa e difamar a companhia. "A Odebrecht rechaça as acusações relacionadas à Central San Francisco, divulgadas hoje pela imprensa, e exige que se realizem auditorias técnicas do mais alto nível, por não reconhecer a validade das acusações apresentadas", informou em comunicado. Além disso, anunciou que "oportunamente apresentará à opinião pública o resultado de laudo técnico" que encomendou a uma empresa de consultoria internacional.

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