Economia

Custos da Petrobras caíram com a crise

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postado em 11/05/2009 21:21
O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Petrobras, Almir Barbassa, disse nesta segunda-feira (11/05) que a companhia já identificou os primeiros sinais de queda nos custos de investimento no primeiro trimestre em função da crise econômica. Ele acrescentou que esse movimento deve se intensificar no segundo trimestre, mas evitou fazer projeções, lembrando que uma recuperação econômica mais rápida pode enfraquecer esse movimento. Barbassa estimou que uma queda média de 15% nos preços de bens e serviços ligados a investimentos teria um impacto positivo de US$ 4 bilhões nos custos da empresa ao longo do ano. "A discussão dos últimos tempos era sobre a inflação dos custos, e isso está mudando. Já há sinais que os custos operacionais tiveram acomodação, e espero que isso se consolide", afirmou o executivo, em entrevista coletiva na qual comentou os resultados do primeiro trimestre. Ele não precisou em quais setores foram identificadas as principais reduções de preço. O resultado disso foi que as despesas operacionais da Petrobras caíram 33% no primeiro trimestre, na comparação com o quarto trimestre de 2008, totalizando R$ 6,6 bilhões. Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, no entanto, as despesas operacionais da estatal cresceram 16%. Sobre os custos do barril do petróleo, Barbassa lembrou que, diante dos financiamentos já acertados, a Petrobras garantirá caixa suficiente com o barril custando, em média, US$ 37. A média do barril no primeiro trimestre foi de US$ 44, o que gerou um ganho de US$ 900 milhões de janeiro a março. No primeiro trimestre do ano passado, o preço médio do barril era de US$ 96,90. "Em dados anualizados, teríamos uma geração adicional de US$ 3,5 bilhões com o petróleo cotado a US$ 44", observou Barbassa. Sobre os resultados do primeiro trimestre, o diretor comentou que o aumento da produção da companhia e a manutenção do preço médio de realização dos derivados no país contribuíram para compensar o menor preço do barril, em relação ao ano passado. "O aumento da produção foi o principal fator que contribuiu para o lucro, embora em preços, tenha havido uma consequência negativa", avaliou.

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