Economia

Emprego na indústria paulista deve ser recuperação no 2° semestre

postado em 15/07/2009 16:56
O nível de emprego da indústria paulista deve melhorar no segundo semestre, mas ficará distante de "zerar" as demissões ocorridas no primeiro semestre, segundo a previsão da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Para o diretor do Depecon (Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos) da entidade, Paulo Francini, o saldo de contratações na segunda metade do ano deverá subir, desde que seja retirada da conta o setor de açúcar e álcool --que tradicionalmente demite no final do ano, com o início da entressafra da cana-de-açúcar. "Eu apostaria nisso [na alta do emprego]. Tirando a cana, será positivo", disse o economista, lembrando que espera para os próximos meses que o nível de emprego já entre em um ritmo de estabilidade "nos próximos meses, talvez já em julho." Até junho, o índice já acumula oito quedas mensais seguidas nos dados com ajuste sazonal. No primeiro semestre, o nível de emprego da indústria paulista recuou 2,41%, com a perda de 54,5 mil postos de trabalho. Porém, no primeiro semestre há a o efeito sazonal das contratações das usinas de cana --sem elas, foram realizadas pouco mais de 110 mil demissões. Um dos motivos para o otimismo moderado da Fiesp é a previsão da situação do emprego dentro do Sensor Fiesp. O sensor de Emprego está acima dos 50 pontos, o que indica otimismo dos industriais paulistas, desde a leitura da primeira quinzena de abril. Além disso, o próprio Sensor anda em terreno positivo desde a segunda quinzena do mesmo mês. O da primeira quinzena de julho, divulgada hoje, ficou em 54,6 pontos. Segundo Francini, porém, deve-se levar em conta que é grande a possibilidade do nível de emprego não se recuperar quando a crise passar. "Há uma possibilidade do emprego não voltar ao mesmo nível, porque pode ocorrer a criação de um novo patamar de produtividade, onde menos pessoas fazem mais coisas."

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