Economia

Oi cede para levar internet

Operadora apresenta proposta que atende às condições impostas pelo governo, cujo plano prevê pacote de banda larga por até R$ 35

postado em 10/04/2010 09:20
Depois de trocar farpas por meses, governo e operadoras de telefonia baixaram o tom das críticas e começaram a se entender para tornar realidade o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). O programa tem o objetivo de levar internet rápida para todos os municípios brasileiros. Ontem, o presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, apresentou a proposta da companhia para viabilizar o projeto dentro das condições estabelecidas para popularizar o acesso - pacotes com custo de R$ 15 a R$ 35. Fontes do Planalto afirmaram que a única faixa de preço que o governo está considerando agora é a de R$ 35. Valores mais baixos foram descartados porque o impacto nos cofres do Tesouro Nacional seriam muito fortes. O secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, considerou que a proposta da Oi está em consonância com as diretrizes traçadas pelo governo. "Senti que a empresa não tem agora uma abordagem que possa colidir diretamente com o plano do governo", observou. Mas afastou a possibilidade de a Oi ser a escolhida para o PNBL. O presidente da operadora não detalhou a proposta, mas defendeu que a empresa é a mais adequada para fazer a universalização da banda larga no Brasil. "Somos quem faz a universalização no Brasil. Como esse é um assunto de universalização, a gente deve estar presente", afirmou Falco. Telefônica Em entrevista ao Correio, o presidente da Telefônica, Antonio Carlos Valente, também marcou posição para a inclusão da operadora no PNBL. "A Oi, por estar presente em uma quantidade de estados tão grande, é importante que esteja em qualquer plano do governo, assim como a Telefônica", afirmou. Ele disse que se for chamado pelo governo também terá propostas a apresentar. Valente afirmou que São Paulo acabou de conquistar o posto de primeiro estado brasileiro a ter 100% de cobertura de banda larga. "Conseguimos chegar aos 625 municípios de responsabilidade da Telefônica e a CTBC, nas 23 cidades onde ela atua", informou. Nessas cidades, está sendo oferecido o pacote de um megabit por segundo (Mbps) por R$ 30 durante os três primeiros meses do contrato. Por esse mesmo preço, a operadora oferece pacotes de banda larga popular na periferia de São Paulo. Exemplo paulista Aproveitando-se de um benefício fiscal concedido pelo governo paulista para a oferta de banda larga à população de baixa renda, a Telefônica lançou um pacote de R$ 29,80 com velocidade de 256 quilobits por segundo (Kbps) para moradias da periferia do estado. O acesso é oferecido via Wi-Mesh, tecnologia de internet sem fio que aproveita a rede de cabos já existente e repete o sinal para outras regiões.

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