Economia

Invista no seu amor

Analistas dão dicas de como presentear no Dia dos Namorados com cesta de aplicações

Vera Batista
postado em 11/06/2010 08:40
Você pode investir no seu amor e ainda obter bons lucros, usando uma ferramenta que não inflaciona a relação e ainda expurga a depressão. Esse ideal tornou-se possível a todos os mortais, depois que as crises financeiras que abalam o mundo dos negócios e afetam a saúde até dos mais articulados analistas deixaram à mostra, pelo menos, um lado bom. Ensinaram que o amor e o dinheiro foram e sempre serão uma combinação perfeita no mundo moderno.

Está longe o tempo em que os mais românticos achavam linda a vida a dois em ;uma casinha de sapê; ou sonhavam levar a pessoa amada para uma ilha deserta. Hoje em dia, o coração bate mais forte quando o outro é um bom investimento e tem o futuro assegurado. No Dia do Namorados, em vez de supérfluos e perecíveis, conquiste definitivamente a preferida (ou preferido) com um presente inédito: uma cesta de investimentos.

Boas notícias no cenário econômico, como a disparada nas vendas chinesas, animaram Wall StreetEspecialistas ouvidos pelo Correio dão importantes dicas de como ter ganhos no mercado financeiro no curto, no médio ou no longo prazos. Não importa quanto o investidor apaixonado está disposto a desembolsar. Podem ser R$ 5 mil, R$ 10 mil ou R$ 1 milhão. Se deseja planejar fogosas férias em paraísos tropicais ou reforçar o pecúlio para uma digna aposentadoria ao lado do bem-querer, a escolha certa tem de começar no presente e garantir bom desempenho até que a morte os separe.

Na avaliação dos profissionais, quando se optar pela compra de ações nas bolsas de valores, deve-se olhar para empresas de setores que tendem a apresentar boa rentabilidade, mesmo em tempos de crise global, como as de telecomunicações, mineração, siderurgia, energia elétrica, petróleo e serviços. ;São (esse setores) que movem a atividade econômica, independentemente das incertezas;, afirma Mário Paiva, analista de Corretora Liquidez.

Cartilha
O ideal é que os investidores não se concentrem em investimentos de ações. Trata-se de um risco enorme. A boa cartilha diz que nunca se deve botar os ovos em uma cesta só. No máximo 30% dos recursos devem ir para o mercado acionário. O restante deve ser rateado entre os fundos de renda fixa, os fundos DI (beneficiados neste momento por causa da alta dos juros) e até mesmo a caderneta de poupança, em que os ganhos não são tributados. Essa dica vale, sobretudo, ao mais conservadores.

Para o economista Demétrius Borel Lucindo, da Corretora Prosper, os que não querem frustar as namoradas, os noivos ou mulheres e maridos, devem, antes de tudo, buscar o auxílio de um profissionais competente, em instituições credenciadas pela Bolsa de Valores e pelo Banco Central. Esse é o primeiro passo a ser dado no sentido de garantir o futuro da pessoa amada. ;Quando se lida com dinheiro e se olha para o futuro, todo cuidado é pouco;, frisa.


Nervos de aço
; Mário Paiva, da Corretora Liquidez, alerta aos que pretendem entrar no disputado mercado de ações devem levar em conta que lidarão com muitas variáveis para garantir os ganhos. Além disso, nem todas as empresas de um mesmo setor são rentáveis. ;Tudo depende da administração, do histórico e da política de endividamento das companhias;, avisa Paiva. As bolsas oscilam em maior ou menor grau de acordo com as incertezas globais do momento, exigindo nervos de aço. Vale ressaltar, ainda, que todos os investimentos corrigidos pelas taxas de juros (fundos de renda fixa, fundos DI e caderneta de poupança) vêm perdendo consistentemente para a inflação desde o início deste ano. Mas o que importa é o resultado ao longo do tempo planejado para as aplicações.

Otimismo no mercado
Uma onda de otimismo contagiou os mercados globais ontem, alimentando a alta de bolsas de valores, da cotação de commodities e do euro, após a divulgação de indicadores na China renovar as esperanças sobre a recuperação global. O país asiático confirmou que suas exportações saltaram 48,5% em maio na comparação com o mesmo mês de 2009, enquanto as importações dispararam 48,3%. Nos Estados Unidos, a boa notícia foi o resultado da balança comercial e dos pedidos de auxílio-desemprego, enquanto a aprovação da capitalização da Petrobras ajudou no Brasil.

A Bolsa de Valores de São Paulo fechou com valorização de 2,55%, com 63.048 pontos e giro financeiro de R$ 5 bilhões. Após o desempenho de ontem, acabou zerando as perdas acumuladas no mês. No ano, entretanto, ainda persiste uma queda de 8,08%. As ações da Petrobras subiram pouco (até 1,18%) porque os investidores já haviam considerado a iminência de uma capitalização no preço dos papéis nos últimos dias. Apenas duas ações na bolsa paulista encerraram em baixa: Transmissão Paulista (-1,74%) e Eletropaulo (-1,04%).

Dólar em queda
Em Nova York, o índice Dow Jones terminou o dia com alta de 2,76%, enquanto o S 500 subiu 2,95% e o Nasdaq, 2,77%. Além das boas notícias na China, que aumentam as esperanças de exportações dos seus principais parceiros comerciais, o mercado norte-americano foi influenciado pelo corte de 3 mil pedidos de auxílio-desemprego e a redução para US$ 40,29 bilhões do deficit comercial em abril. No segmento cambial brasileiro, a cotação do dólar caiu 2,06%, encerrando o dia de negócios em R$ 1,808. O Banco Central fez leilão de compra para segurar a queda. Em três dias, a moeda acumula retração de 3,77%. No ano, a alta é de 3,73%.

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