Economia

Médicos peritos continuam parados

postado em 24/06/2010 07:20
A greve dos médicos peritos da Previdência Social chega, nesta quinta-feira, ao terceiro dia. Quem procurar atendimento nos postos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pode enfrentar dificuldades. Ontem, segundo a associação que representa a categoria, mais de 70% dos serviços estavam parados em todo o Brasil. Pelo menos 11 cidades tiveram 100% das agências paralisadas. Em Brasília, 80% dos trabalhadores teriam aderido ao movimento. E, até o fechamento desta edição, não havia negociações em andamento entre governo e servidores.

De acordo com Luiz Carlos de Teive e Argolo, presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANPM), nos municípios onde só existe uma agência com um perito a greve está descartada. ;Não há como deixar 30% de médicos em agências onde existe apenas um perito atuando. Neste caso, a recomendação da própria associação é de que o serviço seja mantido para que o nosso movimento fique dentro da legalidade;, afirmou. Nas demais cidades, a entidade tenta garantir a cota de 30% de servidores trabalhando.

A greve começou em 11 de junho. A categoria reivindica segurança no trabalho, a reestruturação da carreira de médico-perito, a regulamentação de gratificações e, principalmente, o estabelecimento da jornada de 30 horas semanais. ;A falta de condições para o pleno e digno exercício das atividades médico periciais foi apontada pela própria Controladoria Geral da União (CGU);, garantiu Argolo.

Contraponto
O Ministério da Previdência Social discorda das informações da associação de que 70% dos serviços do país estariam parados. Segundo a assessoria de imprensa da pasta, o atendimento foi pouco afetado pela greve. As paralisações seriam pontuais em algumas poucas unidades da Federação e agências. Da última vez que os peritos cruzaram os braços, a peleja foi parar na Justiça e as negociações só começaram quando o ministério conseguiu que o Tribunal do Trabalho decretasse a greve ilegal.

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