Economia

Falta de chuva beneficia vinhedos na Campanha e na Serra (RS)

postado em 15/01/2011 13:05

Sancler Ebert

Enquanto, no campo, o gado morre de sede e as culturas de grãos padecem sob o sol forte devido à estiagem, nos vinhedos, a falta de chuva enriquece os cachos, a ponto de os produtores já esperarem que a safra deste ano seja tão boa ou melhor do que a de 2005, considerada referência dos últimos anos. Essa vantagem ocorre, em especial, na Campanha.
Diferentemente dos vizinhos que aguardam a chuva para trazer vida ao campo, Éder Peruzzo olha satisfeito para os 16 hectares de vinhas plantados em Bagé, um dos mais atingidos pela seca no Estado. A previsão é de colher 95 toneladas, 25% a mais do que no ano anterior. A

"Além de uma safra de melhor qualidade e em quantidade maior, será também com menos agrotóxicos, já que a estiagem afastou as doenças", informa o vinicultor.
Mais prejudicada pela seca, a região da Campanha é o endereço de 10% das plantações de uva do Estado, segundo a União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra), mas a tendência é de crescimento. Municípios como Santana do Livramento, Bagé, Uruguaiana, Dom Pedrito e Pinheiro Machado são os que concentram a maior produção da região, onde são cultivadas uvas viníferas.

Se o clima continuar seco até meados de março, a previsão é de que a safra gaúcha de 2011 chegue a 640 milhões de quilos, 20% a mais do que em 2010. Essa é a expectativa do Ibravin a partir da abertura da colheita, ocorrida esta semana na Serra.

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