Economia

Rolls-Royce investe no pré-sal brasileiro

postado em 15/02/2011 09:00
Sinônimo de carro de luxo, a Rolls-Royce quer ser cada vez mais conhecida pelos brasileiros por suas turbinas termelétricas. Determinada a vencer licitação da Petrobras voltada à geração de energia nas plataformas marítimas de petróleo e gás em novas áreas, a multinacional britânica anunciou oficialmente, ontem, a construção de uma fábrica no estado do Rio de Janeiro focada no pré-sal. Serão investidos US$ 40 milhões na unidade, que terá de ser abastecida por uma rede de fornecedores nacionais em razão de exigências contratuais da estatal. Sua operação deverá ser inaugurada no fim de 2012.

O resultado da disputa internacional que começa em março, para atender a estatal, vai ser anunciado até o começo do segundo semestre. O pacote pode chegar a 200 turbinas nos próximos 30 anos, no valor global de US$ 3 bilhões, incluindo manutenção. ;Estamos presentes no Brasil há mais de meio século e vamos continuar oferecendo as mais modernas soluções para exploração em águas profundas, com as turbinas a gás RB211;, disse Francisco Itzaina, presidente da companhia na América do Sul. Para ele, o pré-sal representa o maior negócio da exploração petrolífera no mar nos próximos anos, à frente do Golfo do México (EUA) e da emergente Nigéria.

Executivos da multinacional apresentaram ontem ao ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, o plano de investimentos para o país este ano. Além da nova planta fluminense, estão previstos mais US$ 60 milhões voltados a outros projetos, sobretudo de integração com empresas locais. A meta é elevar o índice de nacionalização de zero para 35% e, depois, atingir 51%, gradualmente. ;Vamos explicitar a intenção de atender melhor os clientes dentro do compromisso de ampliar o conteúdo local de produtos e serviços;, ressaltou Andrew Heath, presidente mundial do setor de energia da Rolls-Royce.

Salto
Heath promete investir no treinamento de engenheiros e técnicos brasileiros, como forma de transferir tecnologias. Outra possibilidade é firmar parcerias com universidades e centros de pesquisas. A instalação da linha de montagem no Rio de Janeiro confirma o avanço da empresa no setor de petróleo e gás nos últimos 10 anos. Os primeiros sistemas RB211 foram encomendados pela Petrobras em 2001, com oito turbinas para duas plataformas (P-43 e P-48). Depois, somaram-se a essas, outras 22. Atualmente, 32 estão em desenvolvimento.

Com duas plantas fluminenses e outra paulista, todas dedicadas à manutenção de motores, a Rolls-Royce tem no Brasil a maior fatia do faturamento médio anual de US$ 700 milhões na América do Sul, obtido desde 2005. Além do segmento marítimo, que abrange venda de turbinas para navios de carga, a multinacional atua no país nas áreas aeroespacial e de energia. Mas o grande salto é esperado com a demanda do campo petrolífero de Lula (ex-Tupi), na Bacia de Santos, a 250 quilômetros da costa do Rio de Janeiro.

Itzaina vê ainda oportunidades na ampliação da presença de usinas termelétricas a gás, a partir do transporte do combustível extraído no pré-sal. ;Temos pacotes prontos para atender rapidamente uma expansão desse setor;, avisou.

Indiano cria automóvel que voa

Quase 26 anos depois de o filme De volta para o futuro (Back to the future, 1985) projetar o ator Michael J. Fox para o mundo na pele do franzino Marty McFly, que viajava pelo tempo a bordo de um esportivo e incrementado carro voador, o indiano AK Vishwanath, de 52 anos, foi destaque ontem em vários veículos de comunicação mundo afora. Ele assegurou ter criado, ao estilo da famosa trilogia do cinema, o primeiro automóvel voador do planeta. O inventor transformou um modelo Maruti, fabricado pela Suzuki na década de 1980, numa máquina voadora. Vishwanath disse que o veículo é movido a gerador elétrico. E assegurou que seu invento foi testado num túnel de vento. À semelhança do Professor Pardal, personagem de Walt Disney, o indiano afirmou que sua inspiração veio de várias fontes, incluindo a capacidade de voo das abelhas. Acrescentou ainda que a decolagem do carro é vertical.

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