Economia

Economia cresce 3,8% em 2011

postado em 19/11/2011 10:42
O governo reduziu de 4,5% para 3,8% a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011. A nova estimativa consta do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 5; bimestre, divulgado ontem pelo Ministério do Planejamento, que alterou também a expectativa para a inflação. De acordo com o documento, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da carestia, deve aumentar 6,4%, em vez dos 5,8% da avaliação anterior.

As mudanças, segundo os técnicos oficiais, foram provocadas por uma atualização dos índices de preço e por uma avaliação dos reflexos da crise internacional sobre o ritmo de crescimento da economia brasileira. O enfraquecimento do ritmo de atividade já estava no radar do Banco Central e dos analistas do mercado. O Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br), divulgado na quinta-feira, mostrou que a economia teve recuo de 0,3% no terceiro trimestre, antecipando uma retração do PIB trimestral, que será divulgado pelo IBGE no início de dezembro.

;Nossas estimativas apontam para uma queda de 0,2% no terceiro trimestre na comparação com o trimestre anterior, o primeiro resultado negativo desde a crise de 2008;, disse a economista-chefe do Banco Fibra, Maristella Ansanelli. Segundo a economista, os números do BC confirmam o quadro de desaceleração econômica que diversos outros indicadores já vinham apontando, principalmente os dados sobre a produção industrial e de vendas de automóveis.

Para a analista, a grande questão agora é como deve se comportar o crescimento no quarto trimestre. ;Os primeiros sinais não são positivos, com as sondagens da indústria apontando para estoques muito elevados e empresários pouco confiantes, e o comércio apresentando baixo otimismo;, diz Maristella. As primeiras estimativas do Banco Fibra apontam para um crescimento modesto, entre 0,3% e 0,5% no último período do ano, o que resultaria num aumento de 3% do PIB em 2011. A instituição é um pouco mais otimista em relação a 2012 e aposta numa expansão de 3,2%.

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