Economia

Em Washington, presidente Dilma faz nova crítica ao tsunami monetário

Rosana Hessel
postado em 09/04/2012 16:25
Washington - A presidente Dilma Rousseff reforçou a preocupação do Brasil com o tsunami monetário provocado pelos países desenvolvidos durante a visita ao líder norte-americano, Barack Obama, na Casa Branca.

Após conversar com Obama por uma hora e meia no salão oval da residência oficial do presidente dos EUA, Dilma afirmou que ambos estão preocupados com a crise internacional que levou instabilidade, baixo crescimento e desemprego para vários países do globo.

;Manifestamos o nosso reconhecimento do papel dos bancos centrais, especialmente nos últimos meses, como o Banco Central Europeu, em impedir uma crise de liquidez de altas proporções, afetando a todos os países. Mas também manifestamos a preocupação do Brasil com a expansão monetária sem que os países com superávits equilibrem essa expansão monetária com políticas fiscais baseadas na expansão dos investimentos;, disse a presidente. ;Essas políticas monetárias solitárias no que se refere a políticas fiscais levam a desvalorização das moedas dos países desenvolvidas levando ao comprometimento dos países emergentes;, emendou.

Dilma e Obama tiveram um encontro de 1h30, que extrapolou os 45 minutos previstos pelos organizadores. Durante o discurso de quase 20 minutos (Obama falou menos, uns 10 minutos) ao pool de jornalistas brasileiros e americanos convidados para o Salão Oval, a presidente brasileira ressaltou que o Investimento Direto Brasileiro nos EUA já chega a 40% do total do volume de IED americano no Brasil.

;Todas essas relações apresentam resultados muito importantes;. Ela aproveitou para elogiar o fim das barreiras americanas ao etanol. ;Tanto Brasil quanto Estados Unidos têm áreas estratégicas na qual cooperar e aprofundar a sua cooperação. Na área de energia, por exemplo, temos tremendas oportunidades no petróleo e no gás, tanto no que se refere a equipamentos e serviços como comercial. Somos parceiros em biocombustíveis e gostaria de saudar a recente queda das barreiras ao etanol;, disse ela.

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