Economia

Emprego na indústria recua e coloca o governo em alerta

Rosana Hessel
postado em 12/05/2012 08:00
Um dos maiores desafios que a presidente Dilma Rousseff enfrenta hoje é o de manter o crescimento da economia brasileira. A decepção com o pibinho (diminutivo de Produto Interno Bruto, PIB, que é a soma de todas as riquezas) no primeiro trimestre (de 2,2%, na variação anual) ; abaixo do esperado pelo mercado (de 2,7%) ;, acendeu a luz amarela, que ficou ainda mais clara com os primeiros dados macroeconômicos de março e abril. Levantamento divulgado ontem pelo IBGE mostra que o emprego na indústria caiu 0,4% entre fevereiro e março, confirmando a desaceleração. A desejada valorização do dólar, a R$ 1,90, para estimular exportações também acabou se revelando um problema, com impacto na inflação, que pode comprometer a redução da taxa básica de juros (Selic).

Além disso, o brasileiro ;está mais endividado, com mais de um terço de sua renda comprometida com financiamentos;, explica o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) José Luis Oreiro. A seu ver, o governo não conseguirá mais contar com o mercado interno para estimular a economia como fez em momentos de turbulência passados. ;O modelo de crescimento impulsionado pelo consumo doméstico esgotou porque a renda da classe média avança no ritmo do PIB, e o cenário daqui para frente será de baixo crescimento;, sentencia.

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