Economia

Norte de MG quer voltar a ser destaque na produção de algodão

Riqueza do passado, cultura algodoeira promete renascer com o auxílio de novas tecnologias

Paulo Henrique Lobato
postado em 11/12/2012 06:03
Adelino Martins (à direita) é um dos agricultores que se animam com a possibilidade de uma boa colheita

Mato Verde (MG), Catuti (MG) e Sertânia (PE) ; O norte de Minas Gerais quer voltar a ser referência na produção nacional de algodão, principal insumo da indústria têxtil, que virou um sinônimo de riqueza nos versos cantados por Luiz Gonzaga. O chamado ouro branco, assim classificado na música Algodão, representou fonte importante de renda, do Nordeste às terras mineiras. Em 2006, agricultores de Catuti e região, no norte de Minas, plantaram 40 hectares da matéria-prima. Na próxima safra, a área prevista para a cultura chega a 500 hectares ; aumento de 1.150%. A estimativa é de que sejam colhidos cerca de 150 arrobas por hectare.

A esperança de que o ouro branco volte aos tempos de pujança em pelo menos parte do norte mineiro se deve ao projeto Algodão, estruturado com o uso de sementes transgênicas e novas tecnologias na lavoura. Esse é o tema da 3; reportagem da série ;O Brasil de Gonzaga;, que o Correio publica desde domingo. O projeto, criado por cooperativas locais com o apoio da Secretaria de Agricultura de Minas Gerais, gerou entusiasmo entre os produtores, sobretudo nos mais antigos, que viveram a época de ouro do insumo. Um dos mais animados com o projeto é Adelino Lopes Martins, o Dila, de Catuti. Ele acaba de plantar 12,5 hectares. Para isso, recebeu do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) um reforço de R$ 10 mil para custeio da lavoura. Ele conta que em 2008 colheu 180 arrobas por hectare. ;Agora, se São Pedro mandar chuva na época certa, desejo chegar a 200 arrobas por hectare;, afirma.

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