Economia

Inflação alta faz brasileiros tirarem produtos básicos da lista de compras

Priscilla Oliveira, Vânia Cristino/ Especial Estado de Minas
postado em 15/01/2013 07:00
Cercada pela família (marido, irmão e filhos), Maria Eunice Oliveira enfrenta sérias dificuldades para garantir a refeição de todos

O governo terá que contar com a sorte para que a inflação não fure o teto da meta deste ano, de 6,5%. A maioria dos economistas espera um primeiro trimestre de preços sob pressão, principalmente os dos alimentos. E como ninguém acredita que o Banco Central mexerá na taxa básica de juros (Selic) tão cedo ; o indicador deverá permanecer em 7,25% em 2013 ; para não prejudicar a retomada do crescimento, qualquer evento extraordinário pode provocar uma disparada no custo de vida.

Na avaliação da economista Tatiana Pinheiro, do Banco Santander, a inflação deste ano ficará em ao menos 6%. Para ela, não haverá alívio no valor dos alimentos a curto prazo, sobretudo porque tudo dependerá de um fator imponderável, o clima, que afetará, além dos produtos agrícolas, o frágil sistema de eletricidade do país. Para piorar, a maior seca dos últimos 50 anos nos Estados Unidos continua a fazer estragos. Ou seja, há a possibilidade de eventos externos e domésticos elevarem os preços dos alimentos para muito além do desejável.

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