Economia

Leitores dão mais lucro ao New York Times do que publicidade

A receita total progrediu 1,9% no ano, a 2 bilhões de dólares, e no quarto semestre, 5,2%, a 576 milhões

Agência France-Presse
postado em 07/02/2013 18:06
Nova York - O jornal americano New York Times conseguiu no ano passado, pela primeira vez, ganhar mais com leitores, pela venda de jornais e assinaturas on-line, do que com publicidade, e voltou a dar lucro, segundo resultados divulgados nesta quinta-feira (7/2).



"Nós vimos uma continuação do crescimento das assinaturas on-line, assim como uma alta nos lucros por conta da grande base de jornais em circulação. Aliás, pela primeira vez na história, os ganhos obtidos com a venda de jornais superaram os da publicidade", comentou o diretor geral do grupo, Mark Thompson, em comunicado oficial.

O grupo de mídia vê nos números o efeito de uma estratégia de desenvolvimento das assinaturas pagas pela internet. Foram 668.000 ao final de dezembro, sendo 13% a mais do que os três meses anteriores.

"Por outro lado, o mercado de publicidade continua difícil", afirmou Thompson. As receitas publicitárias recuaram 5,9% em todo o ano, a 898 milhões de dólares, e 3,1%, a 280 milhões, no quarto trimestre.

Os lucros obtidos com as assinaturas (incluindo on-line) e com as vendas de exemplares impressos, em contrapartida, subiram 10,4% em relação ao ano, para 953 milhões de dólares e, 16,1% no último trimestre, a 258 milhões.

O grupo superou as expectativas para o ano passado e conseguiu abrir uma margem de lucro líquido de 133 milhões de dólares, contra um prejuízo de 40 milhões em 2011. No quarto semestre, os ganhos foram triplicados para 177 milhões.

A receita total progrediu 1,9% no ano, a 2 bilhões de dólares, e no quarto semestre, 5,2%, a 576 milhões. Para o trimestre em curso, o grupo indicou que espera "tendências similares" àquelas do quarto trimestre em termos de publicidade. Em relação aos ganhos com leitores, prevê um crescimento na casa dos 5% da renda, graças às assinaturas on-line e também a um aumento do preço dos exemplares do seu principal título, o New York Times.

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