Economia

União Europeia e Croácia decidem apoiar adversário de brasileiro na OMC

Segundo os articuladores da candidatura do brasileiro, é possível manter o otimismo porque a definição da eleição não depende apenas do mínimo de 80 votos favoráveis em um total de 159

postado em 06/05/2013 17:40
Após um dia de consultas, sem consenso, a União Europeia e a Croácia, totalizando 28 votos, decidiram nesta segunda-feira (6/5) apoiar o candidato mexicano Herminio Blanco, de 62 anos, que disputa o cargo de diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) com o embaixador brasileiro Roberto Carvalho de Azevêdo, de 55 anos. Apesar da decisão de votar em bloco dos europeus e croatas, os negociadores brasileiros mantêm o otimismo.

Segundo os articuladores da candidatura do brasileiro, é possível manter o otimismo porque a definição da eleição não depende apenas do mínimo de 80 votos favoráveis em um total de 159. É necessário negociar um acordo que agrade a maioria, eliminando o máximo o índice de rejeição. O acordo é costurado pela chamada Troika ; Canadá, Suécia e Paquistão.



[SAIBAMAIS]O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, disse que as informações que dispõe permitem ter confiança na vitória de Azevêdo. ;[As informações que eu tenho] são de hoje. Mas aí eu quero insistir: não quero transformar informação positiva em um prognóstico;, disse.

Na eleição da OMC, cada um dos 159 países que integra o órgão vota no nome de sua preferência. A escolha é feita em três etapas. Inicialmente, havia nove nomes e todos os candidatos concorreram. Na segunda etapa, encerrada no dia 25, ficaram cinco candidatos. Na última fase são apenas dois na disputa.

Na terça-feira (7/5) os candidatos serão informados, não oficialmente, sobre quem é o vitorioso,mas o resultado oficial só será divulgado no dia 8. O novo diretor-geral da OMC tomará posse em 31 de agosto, substituindo o francês Pascal Lamy. Nos últimos dias, a presidenta Dilma Rousseff pessoalmente telefonou para vários líderes políticos, enquanto o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, conversou com chanceleres de vários países em busca de apoio para Azevêdo.

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