Economia

Papa cria comissão especial para revisar estruturas econômicas do Vaticano

A comissão começará a trabalhar no início de agosto e apresentará suas propostas pessoalmente a Francisco

Agência France-Presse
postado em 19/07/2013 08:22
Cidade do Vaticano - O Papa Francisco instituiu nesta sexta-feira (19/7) uma comissão para analisar as medidas a serem tomadas para melhorar as estruturas econômicas e administrativas da Santa Sé, o que confirma uma aceleração das reformas no Vaticano, anunciou seu porta-voz. A comissão, criada por um documento de sua mão, parte de uma reforma mais ampla da empresa argentina Papa e à Cúria das estruturas centrais da Igreja, abalada nos últimos anos por escândalos.

A comissão começará a trabalhar no início de agosto e apresentará suas propostas pessoalmente a Francisco
Ela começará seu trabalho no início de agosto e reportará a Francisco pessoalmente suas propostas. Faltando poucos dias para sua partida para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Brasil, o Papa de 76 anos mostra a sua determinação em reunir todas as informações para acelerar o ritmo das reformas do Vaticano. Esta comissão, formada por sete especialistas leigos e apenas um religioso, terá um "mandato amplo" e "não substituirá" as congregações (ministérios) que mantêm as suas competências, explicou o padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano.

Todas as administrações são convidados a colaborar com estes especialistas. Ela também irá trabalhar com o grupo consultivo de oito cardeais dos cinco continentes criado em maio para aconselhar o Papa e reformar a Constituição, que define as regras da Cúria, "Pastor Bonus". O principal objetivo é "evitar o desperdício de recursos econômicos, promover a transparência na aquisição de bens e serviços, melhorar a administração dos bens móveis e imóveis", declarou o secretário de Estado.



A Comissão do Vaticano pretende realizar um esforço global para "agilizar e simplificar" os vários "ministérios" do Vaticano, paralelamente a uma "programação mais cuidadosa" das atividades das administrações. Os oito membros desta nova instituição vêm principalmente da Europa e são todos "especialistas em assuntos jurídicos, econômicos, financeiros e organizacionais." O presidente da Comissão é Joseph FX Zahra, de Malta. Dois outros membros leigos são o francês, Jean-Baptiste de Franssu e Jean Videlain-Sevestre. Os outros são um espanhol, um italiano, um alemão e um cingalês.

O única religioso é o secretário da Comissão, Dom Lucio Anjo Vallejo Balda, atual secretário da Prefeitura da Santa Sé para assuntos econômicos. As contas do Vaticano foram publicadas no início de julho, indicando uma melhora em 2012 em relação a 2011, mais ainda insuficiente. Eles alcançaram o verde em 2012 com um superávit de 2,2 milhões de euros (contra 14,900 milhões de euros de déficit do ano anterior).

As doações para o Vaticano diminuíram a 65,9 milhões em 2012, contra 69,7 em 2011. Além disso, as contribuições de dioceses de todo o mundo caíram de 32,1 para 28,3 milhões de dólares. Os resultados financeiros do Vaticano em 2011 acompanharam as "tendências negativas dos mercados financeiros globais", mas em 2012 eles beneficiaram de um "bom desempenho na gestão financeira", explicou o Vaticano.

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