Economia

China detalha reformas para liberalizar economia nos próximos anos

Entre os planos revelados, está a ideia de que as companhias públicas paguem mais dividendos ao governo

Agência France-Presse
postado em 15/11/2013 14:42
Pequim - A China detalhou nesta sexta-feira (15/11) as reformas previstas nos próximos anos para reduzir o controle do Estado sobre a segunda economia mundial, após a reunião plenária do comitê central do Partido Comunista concluída esta semana.

Entre os planos revelados em um documento pela agência oficial Xinhua, está a ideia de que as companhias públicas paguem mais dividendos ao governo e que as companhias privadas tenham um papel mais importante na economia.


Para 2020, o governo requererá 30% dos lucros obtidos pelas empresas de capital público, para alimentar melhor os fundos de previdência social.

Atualmente, as 113 maiores empresas públicas, sob controle direto do governo central, costumam pagar em dividendos ao executivo entre 5 e 20% de suas receitas.

A redução das imensas quantidades de liquidez das empresas estatais permitirá diminuir suas capacidades excedentes de produção e proporcionará uma maior competitividade no setor privado, segundo Liu Ligang, economista do banco australiano-neozelandês ANZ.

A China também permitirá que empresas com capital privado adquiram participações em projetos financiados pelo governo, segundo a Xinhua, que não deu mais detalhes.

O gigante asiático permitirá também a criação de pequenos bancos privados, segundo o documento. Atualmente, o país conta com muito poucas entidades financeiras privadas. O país promoverá ainda a liberalização de suas taxas de juros e continuará promovendo a conversibilidade da divisa nacional, o yuan.

Atualmente, o governo estabelece as taxas dos depósitos, embora, em julho, o banco central tenha permitido que as entidades decidissem por sua conta as taxas aplicadas aos empréstimos.

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