Economia

FMI não vê pressões "agudas" sobre financiamento em curto prazo na Grécia

Auditorias determinam se a Grécia recebe ou não a próxima parcela de um bilhão de euros em ajuda financeira

Agência France-Presse
postado em 21/11/2013 17:59
O Fundo Monetário Internacional disse nesta quinta-feira (21/11) que não viu pressões "agudas" de financiamento no curto prazo na Grécia, apesar de uma demora na liberação da próxima parcela de empréstimo dentro do resgate internacional.

"Acreditamos que as necessidades de financiamento da Grécia nos próximos meses podem ser resolvidas com a liquidez existente. Não vemos agudas pressões por financiamento", disse o porta-voz do FMI, Gerry Rice, em uma coletiva de imprensa.


O FMI disse em um comunicado mais cedo que os auditores do FMI, o Banco Central Europeu e a Comissão Europeia encerraram sua última visita à Grécia para analisar o progresso do programa econômico do país, sem chegar a um pleno acordo.

Essas auditorias determinam se a Grécia recebe ou não a próxima parcela de um bilhão de euros em ajuda financeira.

O FMI disse que as discussões foram produtivas sobre as políticas que podem servir como base para a conclusão da análise.

O Fundo disse que houve um bom progresso, mas algumas questões continuam sem solução. As conversas continuariam da sede dos três organismos e os auditores voltariam a Atenas no começo de dezembro, disse o comunicado.

Rice disse em seu boletim de notícias regular que o "foco agora é chegar a um acordo em um conjunto de políticas que facilitariam a conclusão de sua quinta revisão".

"As autoridades gregas têm um histórico forte em cumprir seu objetivo fiscal e estão muito comprometidas com ele no próximo ano", disse ele.

A Grécia entrou em recessão ao ser atingida pela crise econômica global de 2008 e, em 2010, os aumentos dos custos de empréstimos de sua enorme dívida levaram Atenas a pedir um resgate da UE e do FMI.

Dois resgates, avaliados em mais de 240 bilhões de euros mais cerca de 100 bilhões de euros em perdão da dívida, ajudaram a evitar uma saída do país da zona do euro.

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