Economia

Contas externas registram o segundo pior resultado em novembro

Nos últimos 12 meses, até novembro, o balanço de pagamentos está em US$ 81,1 bilhões, segundo pior resultado da série

postado em 18/12/2013 10:58
As transações comerciais e de serviços do Brasil com outros países apresentaram déficit de US$ 5,1 bilhões em novembro, resultado de importações ainda maiores que as exportações e de remessas de renda de empresas multinacionais para matrizes no exterior. Nos últimos 12 meses, até novembro, o balanço de pagamentos está no vermelho em US$ 81,1 bilhões, o segundo pior resultado da série, perdendo apenas para o resultado acumulado até outubro que era de até US$ 82,2 bilhões.

Mais uma vez, o Investimento Estrangeiro Direito (IED) não foi suficiente para cobrir o rombo nas contas externas. Em 12 meses, até novembro, os ingressos de recursos de estrangeiros para compras de empresas e outros investimentos no Brasil totalizaram US$ 62,8 bilhões, o equivalente a 2,84% do Produto Interno Bruto (PIB). No mesmo período, o buraco nas transações correntes engoliu 3,66% das riquezas produzidas por empresas e famílias.

Em novembro, as reservas internacionais que o governo brasileiro mantêm para imprevistos e períodos de crise totalizaram US$ 376,1 bilhões, queda de US$ 795 milhões em relação a outubro. Esse colchão de liquidez é considerado um seguro que o Brasil tem contra grandes oscilações das economias internacionais, podendo ser usado também para contar uma escalada maior da cotação do dólar.



Nesta quarta-feira (18/12), o Federal Reseve (FED), o banco central norte-americano, deve divulgar se continuará ou não com o programa mensal de compra de ativos. O programa consiste em uma injeção de até US$ 85 bilhões de por mês na maior economia do mundo. Caso reduza o volume dessas compras, os Estados Unidos poderão dar início a uma nova onda de instabilidade nos mercados mundiais. Por conta disso, o governo brasileiro deve divulgar entre hoje e amanhã os detalhes de um novo pacote de intervenções sobre o cambio em 2014.

Neste ano, o banco central já colocou cerca de US$ 100 bilhões no mercado, por meio de leilões swap (venda no mercado futuro) e linha (venda com compromisso de recompra).

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