Economia

Apesar dos problemas econômicos do Brasil, Mary Kay não altera os preços

A companhia, de origem americana, trabalha com a projeção do dólar entre R$ 2,30 e R$ 2,45

Vera Batista
postado em 17/01/2014 18:16
Apesar das indefinições nos rumos da política econômica no país, a Mary Kay, empresa especializada em artigos de beleza e higiene pessoal, promete não alterar os preços dos produtos ou os descontos oferecidos às mais de 230 mil consultoras independentes, no país, que vão de 25% a 40% do valor do produto. Os lançamentos em 2014 vão continuar com preços semelhantes ao de 2013, que haviam sofrido um pequeno reajuste de 5%, no confronto com 2012, e apenas em algumas linhas.

A companhia, de origem americana, trabalha com a projeção do dólar entre R$ 2,30 e R$ 2,45, ao longo de 2014, e mantém sua programação de abrir uma fábrica no país em no máximo três anos. ;Temos estratégias de longo prazo, mas estamos de olho nas tendências dos juros, taxa de câmbio e crescimento econômico, para fazer qualquer ajuste necessário. Por enquanto, vamos manter os preços nos mesmos patamares de 2013;, revelou Shana Peixoto, diretora de marketing da Mary Kay.

Rosana Bonazzi, diretora de vendas da companhia, reforça que um dos motivos que justifica a estratégia de preços é o índice de inadimplência, inferior a 1% do faturamento global, que chega a US$ 3 bilhões. ;Temos uma relação pessoal com as consultoras. Mais de 90% delas pagam com cartão de crédito. Mas pode ser por boleto ou transferência e ainda parcelamos a compra. Não encontramos dificuldades, até porque a maior parte das clientes é das classes A e B;, ressaltou Rosana.

Uma das principais consultoras de Brasília, Andrea Ponte Rocha, 43 anos, afirma que o mercado no Distrito Federal está em franca ascensão. Segundo ela, a Mary Kay é uma das poucas marcas que consegue unir as preferências de patroas e empregadas. Para as primeiras, que viajam para fora do país, o valor médio mensal de compra é de cerca da R$ 800. E para as clientes com menor poder aquisitivo e que moram mais distante do Plano Piloto, a média é de R$ 350.

;As diferenças acabam quando elas experimentam o produto e veem o resultado. Aquelas mais ricas, que viajam muito, substituem os produtos importados pela Mary Kay porque sabem que,se não se adaptarem , a consultora pode imediatamente fazer a troca. Isso elas não conseguem nos free shops. Por isso, qualquer preconceito se desmancha;, provocou Andrea. Com a ascensão da Classe C, reforçou, a brasileira ficou mais exigente. ;A dona de casa agora quer cuidar da pele e usar artigos de boa qualidade, semelhantes ao da patroa;, garantiu.

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