Economia

Sony para de fabricar PCs e anuncia demissão de 5 mil funcionários

As ações fazem parte de um plano de reestruturação da empresa, ante a previsão de um péssimo resultado para o ano fiscal

Agência France-Presse
postado em 06/02/2014 10:09
Tóquio - A empresa japonesa Sony anunciou nesta quinta-feira (6/2) a demissão de 5 mil trabalhadores, como parte de um plano de reestruturação que inclui o fim da fabricação de computadores pessoais (PC), e ante a previsão de um péssimo resultado para o ano fiscal.

A fabricante nipônica reduziu brutalmente as previsões para o ano fiscal em curso, que termina em 31 de março. Ao invés de registrar lucro de 30 bilhões de ienes, a empresa projeta agora um prejuízo de 110 bilhões (1,08 bilhão de dólares). Nos primeiros nove meses do exercício, de 1 de abril a 31 de dezembro, o grupo lucrou 11,17 bilhões de ienes, quase 110 milhões de dólares.



[SAIBAMAIS]A empresa atribuiu às perspectivas ruins a um negócio em queda geral, assim como às perdas no setor de jogos eletrônicos, que não foram incluídas na previsão anterior. Como parte de uma ambiciosa reestruturação, a Sony anunciou que venderá a atividade de fabricação de computadores pessoais (PC), reunida sob o selo "Vaio", ao fundo de investimentos Japan Industrial Partners (JIP).

O grupo não revelou detalhes financeiros, mas a imprensa afirma que o negócio renderá entre 40 e 50 bilhões de ienes. Ao citar "mudanças drásticas" no setor de produção de PCs em todo o mundo, a Sony anunciou que decidiu concentrar as atividades nos ;smartphones; e tablets e parar de "elaborar e desenvolver produtos de PC". A Sony começou a vender computadores pessoais em 1996 e registrou o melhor momento há alguns anos, quando venceu quase nove milhões de unidades em um ano.

Mas para o ano fiscal em curso, a empresa prevê a venda de apenas 5,8 milhões e uma atividade deficitária. A reestruturação, que também afetará a atividade de televisão, provocará a eliminação de 5.000 empregos até março 2015, sendo 3.500 no exterior e o restante no Japão. Com o corte, a empresa espera economizar mais de um bilhão de dólares por ano.

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