Economia

Início de ano ruim na economia para governo Dilma assusta aliados políticos

Inflação resistente, juros altos, contas públicas sob desconfiança, baixo nível de crescimento e, agora, apagões, tornam a travessia à reeleição mais complicada

postado em 07/02/2014 06:00
Começou difícil o ano que definirá a permanência da presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto e do PT no governo. No front econômico, não faltam notícias ruins. O país tem colhido os desgostos de uma política considerada equivocada por especialistas, que combina quatro anos seguidos de baixo crescimento, inflação alta, juros pesados, dólar nas alturas, contas públicas desajustadas e uma desconfiança que mina a vontade de investir do empresariado e da população, de consumir. Pior: essa safra de maus resultados pode chegar ao seu ápice em plena campanha eleitoral, às vésperas do pleito de outubro, quando se espera um Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) anualizado acima do teto da meta, de 6,5%, e números frustrantes de Produto Interno Bruto (PIB) ; dados que serão usados pesadamente pela oposição.

Somado às tensões econômicas, o governo Dilma vive ameaçado pelo fantasma do racionamento de energia, diante dos constantes apagões que atormentam o país. O baixo nível das reservas das hidrelétricas obrigou o uso de termelétricas, energia mais cara e poluente. Mesmo assim, não tem sido suficiente para suprir toda a demanda dos brasileiros. Os cortes no fornecimento em grandes regiões têm sido constantes e o temor do Palácio do Planalto e do PT é de que a oposição consiga pregar na presidente o rótulo de incompetente, sobretudo por ela ter sido ministra de Minas e Energia e muitas vezes apontada como excelente técnica no assunto.

O receio maior é assemelhar a imagem dela à de Fernando Henrique Cardoso (FHC) meses antes de deixar o governo, quando entre julho de 2001 e setembro de 2002 (véspera das eleições) enfrentou uma grave crise de fornecimento de energia, obrigando a população a adotar um pesado racionamento.

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