Economia

Wall Street fecha em alta, estimulada pela política monetária

Dow Jones avançou 192,98 pontos a 15.994,77 e o Nasdaq, de dominante tecnológico, subiu 42,87 pontos a 4.191,04

Agência France-Presse
postado em 11/02/2014 20:13
Nova York - Wall Street fechou novamente em alta nesta terça-feira (11/2), estimulada principalmente pela decisão da nova presidente do Federal Reserve de manter a política monetária: o Dow Jones ganhou 1,22% e o Nasdaq, 1,03%.

O Dow Jones avançou 192,98 pontos a 15.994,77 e o Nasdaq, de dominante tecnológico, subiu 42,87 pontos a 4.191,04. O índice ampliado S 500 se valorizou 1,11% (%2b 19,91 pontos) a 1.819,75 pontos.

Os investidores dirigiram sua atenção à primeira aparição pública, depois de assumir a presidência do Federal Reserve dia 3 de fevereiro, de Janet Yellen que anunciou a um comitê do Congresso que o Fed manterá "uma grande parte de continuidade no manejo da política monetária".

Em um mercado que teme toda incerteza, Yellen ofereceu "a ideia de continuidade", disse Dan Greenhaus da BTIG. "Isso não disse nada específico para fazer as ações subir, mas também nada que pudesse ser interpretado como um obstáculo para seu avanço".

O banco central continuará "provavelmente reduzindo suas compras de ativos por etapas", declarou Yellen: no marco da relativa melhoria da economia norte-americana, o Fed começou a reduzir suas injeções mensais de liquidez no mercado financeiro, de 85 bilhões de dólares em dezembro a 65 bilhões atualmente.

Fazendo alusão ao alto número de desempregados de longa data e ao alto número de pessoas que trabalham em tempo parcial, Yellen sugeriu que ol FOMC não começará a ajustar ou aumentar sua taxa básica de juros, atualmente em 0-0,25%, apesar do nível de desemprego caia a 6,5%.

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Yellen "disse o que devia, sem surpresas, isso tranquiliza o mercado", disse Mace Blicksilver da Marblehead Asset Management. "Não devemos esquecer que é seu primeiro dia no posto, mas ela tem anos de experiência no Fed, sabe exatamente o que faz".

O analista admitiu, contudo, que "a política monetária pode muito bem evoluir em seis semanas", quando for realizada na próxima reunião do Comitê de Política Monetária. "Não é preciso ver nessas declarações algo muito rígido".

Os investidores também receberam favoravelmente o anúncio do presidente da Câmara de Representantes, John Boehner, de que se apresentará esta semana um projeto de lei autorizando o Tesouro a superar o limite de endividamento além de 27 de fevereiro, sem que os republicanos exijam contrapartidas por isso. Esta concessão política deve afastar o país do risco de uma suspensão de pagamentos depois dessa data.

Segundo Michael Gayed, da Pension Partners, os investidores também foram estimulados "pela recuperação que a Bolsa chinesa registra desde sexta-feira", dia da retomada de operações em Xangai depois de uma semana de feriado pela festa do Ano Novo chinês.

O mercado de títulos caiu. O rendimento dos títulos do Tesouro a 10 anos subiu a 2,719% contra 2,678% na noite de segunda-feira e o dos títulos a 30 anos a 3,685% contra 3,663% no fechamento anterior.

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