Economia

China tem inesperado deficit comercial em fevereiro, segundo autoridades

As exportações chinesas recuaram 18,1% no mês passado em relação a fevereiro de 2013, somando 114,1 bilhões de dólares, uma cifra muito abaixo das expectativas do mercado

Agência France-Presse
postado em 08/03/2014 14:41
Pequim - A China teve em fevereiro um inesperado déficit comercial de 22,98 bilhões de dólares, segundo cifras publicadas neste sábado pelas autoridades, que atribuíram o dado às férias do Ano Novo lunar. As exportações chinesas recuaram 18,1% no mês passado em relação a fevereiro de 2013, somando 114,1 bilhões de dólares, uma cifra muito abaixo das expectativas do mercado. As importações aumentaram, em compensação, 10,1% interanual em fevereiro, e totalizaram 137,08 bilhões de dólares.

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O comitê de 13 economistas indagado pelo Dow Jones Newswires esperava em média um excedente comercial de 11,9 bilhões de dólares. Os economistas esperavam um aumento das exportações de 5% em fevereiro, o que já supunha uma forte desaceleração em relação ao aumento de 10,6% registrados em janeiro. "As consequências do Ano Novo lunar (iniciado no final de janeiro) provocaram importantes flutuações, assim como a aparição de um déficit comercial", comentou em um comunicado a administração de alfândegas chinesas.

Durante as longas férias do Ano Novo lunar, os trabalhadores voltam para sua região de origem, e grande parte das fábricas cessam por um tempo suas atividades.

Por isso, as empresas chinesas costumam intensificar suas exportações antes das férias, para limitar seu estoque, e se concentram nas importações ao retomar a atividade. O dado deste sábado tem como pano de fundo a clara desaceleração da produção manufatureira nos últimos meses.

Na quarta, o governo chinês confirmou o objetivo de 7,5% de crescimento econômico em 2014, o que, caso se concretize, será a taxa mais baixa em quase 25 anos.

No entanto, alguns analistas não consideram preocupante o déficit comercial de fevereiro, o primeiro em 11 meses, e explicaram que as perspectivas de demanda externa são boas.

A China se converteu no ano passado na primeira potências do mundo.

Seu excedente aumentou 12,8% em 2013 e somou 259 bilhões de dólares, o nível mais alto desde 2008 e o início da crise financeira mundial.

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