Economia

Para evitar reajuste na conta de luz, governo avalia mexer em cálculo

Especialistas afirmam que alteração minará de vez a confiança no país

postado em 11/03/2014 06:02
Especialistas afirmam que alteração minará de vez a confiança no paísPara evitar um tarifaço de pelo menos 18% na conta de luz até 2015, com impacto direto na inflação e nos seus índices de popularidade, a presidente Dilma Rousseff avalia mexer, novamente, nas regras do setor elétrico. Apesar dos estragos na confiança de investidores e nas finanças das concessionárias, provocados desde as mudanças de 2012 no marco regulatório, o crescente rombo no caixa das distribuidoras deverá ser driblado com mais manobras. Isso porque o acionamento generalizado de termelétricas e, por tabela, a disparada dos preços da energia no atacado viraram uma ameaça simultânea às empresas, aos índices gerais de preços e às contas públicas.

Entre as intervenções em estudo para conter o desequilíbrio de caixa do setor estão um relaxamento de exigências em contratos de concessão e uma alteração na fórmula para definir o preço da energia negociada no mercado livre. Na avaliação dos especialistas, os dilemas da presidente para manter o desconto na conta de luz, de 20% em média, anunciado há um ano e meio, ficaram evidentes diante do baixíssimo nível dos reservatórios das hidrelétricas. Mas a simples menção de uma nova virada nas regras do jogo agrava a abalada reputação do país diante das agências de classificação de crédito.



;Novas artificialidades no setor não podem ser descartadas em razão do passado recente. Por outro lado, um subsídio maior colocaria em risco os fundamentos econômicos;, observou Mikio Kawai Júnior, diretor executivo da Safira Energia. Ele destacou que pelo menos metade do custo extra da eletricidade térmica prevista para 2014, uma soma de quase R$ 20 bilhões, já é bancada pelo Tesouro Nacional. Se todo o custo extra caísse direto no bolso do cidadão, as tarifas teriam de subir mais de 18%, para um período de 12 meses, a contar da data de reajuste anual fixada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O Banco Central (BC) prevê reajuste médio das tarifas de 7,5% neste ano.

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