Economia

Corte de nota do Brasil não afetou procura por títulos, diz Tesouro

Ao comentar o resultado da Dívida Pública Federal (DPF) em fevereiro, ele disse que a demanda pelos papéis do governo brasileiro continua expressiva

postado em 25/03/2014 19:10
O rebaixamento do Brasil pela agência de classificação de risco Standard & Poor;s (S) não afetou a procura por títulos públicos do país, disse nesta terça-feira (25/3) o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido. Ao comentar o resultado da Dívida Pública Federal (DPF) em fevereiro, ele disse que a demanda pelos papéis do governo brasileiro continua expressiva e com juros mais baixos do que os registrados ontem (24/3).

;A gente continua observando o mercado bastante positivo em relação à demanda por títulos. Hoje, o Tesouro realizou um leilão de NTN-B [títulos públicos vinculados à inflação]. As taxas ficaram até 5 pontos-base abaixo do fechamento de ontem. Hoje, o mercado continua em uma dinâmica positiva em demanda por títulos;, declarou Garrido.

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No leilão de hoje, o Tesouro vendeu NTN-B com vencimento em 2050 com juros de 6,85% ao ano. A taxa é maior do que os 6,80% ao ano registrados no leilão anterior, no último dia 12. No entanto, segundo Garrido, o mesmo papel estava sendo vendido ontem a 6,90% ao ano no mercado secundário, quando os investidores revendem os títulos entre si sem a participação do governo.

Por meio dos títulos públicos, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores para honrar compromissos e se compromete a devolver a quantia acrescida de juros. As taxas medem a segurança dos compradores, que pedem juros mais altos quanto maior a possibilidade de calote na dívida pública. Para o coordenador do Tesouro Nacional, o retorno baixo pedido pelos investidores mostra a confiança nos fundamentos econômicos do país.

;Se houver risco, não adianta a taxa estar em 15%, 16% ao ano porque o Tesouro não vai vender nada. A gente pode concluir que, quando tem um aumento expressivo da demanda, os investidores estão julgando que a taxa está bastante atraente para o risco existente;, acrescentou Garrido.

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