Economia

Excesso de interferência do Estado cria incertezas e dificulta economia

"As incertezas aumentaram muito de meados do ano passado para cá, com o excesso de ativismo do governo", critica o economista Claudio Porto, presidente da consultoria Macroplan

postado em 06/04/2014 06:02
Zeina critica a mudança constante de regras:
Os dois economistas mais poderosos do governo ; Dilma Rousseff e Guido Mantega ; estão entre os admiradores das ideias do britânico John Maynard Keynes (1883-1946), que defendia a interferência do Estado na economia para reduzir as incertezas em tempos de crise. Mas, para quem está no setor privado, no mercado financeiro e na academia, o que se vê atualmente é o contrário. Analistas de diferentes matizes afirmam que o nível de imprevisibilidade está alto demais para um momento que em nada lembra os quadros de turbulência aguda que o país já viveu, com fuga de capitais e disparada do câmbio.



;As dúvidas para quem é tomador de decisões no lado real são muito grandes no Brasil de hoje. Um ano virou longo prazo. Não se consegue saber se em 2015 haverá energia suficiente, como será a política econômica, como ficará o câmbio, entre outras coisas. Incentivos ora são concedidos, ora são retirados;, afirma Zeina Latif, economista-chefe da XP Investimentos. ;As incertezas aumentaram muito de meados do ano passado para cá, com o excesso de ativismo do governo;, critica o economista Claudio Porto, presidente da consultoria Macroplan.

Para o ex-diretor do Banco Central Alexandre Schwartsman, Dilma e Mantega não são keynesianos. ;Eles apenas gostariam de ser.; As principais medidas tomadas pelo governo não foram no campo da macroeconomia, como orientava Keynes, mas na microeconomia. No setor elétrico, buscou-se modicidade tarifária por meio de mudanças nos contratos de concessão. No campo dos combustíveis, segurou-se o preço da gasolina e do diesel, o que reduziu a competividade do etanol e frustrou investimentos realizados na área. E o lançamento de novas concessões de rodovias teve de ser postergado devido às tentativas iniciais de impor taxa de lucro muito baixa.

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