Economia

Entrada de investimentos e piora de Dilma faz câmbio recuar para R$ 2,20

Entrada de investimentos externos e piora de Dilma Rousseff nas pesquisas eleitorais fazem a moeda norte-americana cair 0,77%

postado em 09/04/2014 06:00
Divisa perde 3,48% em apenas três dias e acumula queda de 6,55% desde janeiro

O dólar aprofundou a tendência de baixa que vem apresentando nos últimos pregões e fechou ontem em queda pelo terceiro dia consecutivo, cotado a R$ 2,203 para a venda. O recuo, de 0,77%, foi determinado pela entrada de recursos externos, atraídos pelas altas taxas de juros no país, e pela desvalorização da divisa nos mercados globais. Motivações políticas, no entanto, continuaram influenciando os negócios. Segundo analistas, a diminuição das intenções de voto na presidente Dilma Rousseff, captada em pesquisa divulgada no último fim de semana, ajudou a reforçar o viés baixista, num momento em que os mercados perderam a confiança na condução da política econômica.

Só nas últimas três sessões, a moeda norte-americana acumulou queda de 3,5%. No ano, o recuo já chega a 6,5%, anulando boa parte da alta de 15% ocorrida em 2013. Os investidores aproveitaram a desvalorização da divisa no exterior para testar a tolerância do Banco Central brasileiro a cotações mais reduzidas. O dólar, no entanto, não encontrou força suficiente para terminar a sessão abaixo de R$ 2,20, apesar de ter rompido essa barreira durante o dia, quando bateu em R$ 2,194.



[SAIBAMAIS];Já não é de hoje que o dólar está mostrando que tem espaço para cair;, disse o analista de uma corretora. As expectativas de que a China poderá adotar estímulos para impulsionar sua economia, atualmente em desaceleração, também ajudaram a divisa a perder força contra moedas emergentes.

Alguns especialistas acreditam, porém, que cotações mais baixas podem desagradar ao governo, pois, apesar de ajudarem no combate à inflação, prejudicam as exportações. ;A queda do dólar abaixo dos patamares atuais tem seu custo. Os importados voltam a ganhar atratividade, e a competitividade dos produtos brasileiros perde força, piorando a balança comercial e deixando a indústria com preços menos atrativos;, escreveram analistas da Lerosa Investimentos em relatório a clientes.

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