Economia

Crescimento deve ser retomado, mas de forma gradual, afirma Mantega

O ministro lembrou que 2013 foi um ano difícil para todos os países, que cresceram menos

Rosana Hessel
postado em 29/04/2014 12:02
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, está cada vez mais fazendo um discurso eleitoreiro e passou a focar na área social em seus discursos, além de continuar falando com o otimismo característico em relação à combalida economia brasileira.

Nesta terça-feira (29/4), durante uma palestra no Seminário Brasil Novo, na Câmara dos Deputados, Mantega reiterou que a economia mundial está se recuperando e o país recuperará o crescimento, mas de forma gradual. No entanto, ele também fez um balanço da redução da pobreza no país durante os governos dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff e aproveitou para destacar para uma plateia com mais cadeiras vazias do que cheias, o aumento de 66 milhões para 118 milhões o número de pessoas na classe média.



O número um da equipe econômica de Dilma aproveitou para destacar o único dado positivo na economia que é a baixa taxa de desemprego no país, atualmente em 5,1%, especialmente durante e após a crise financeira global estourada em 2008. ;Não tem valor mais importante no país do que gerar emprego para a população brasileira e esse objetivo tem sido cumprido com bastante eficiência nos últimos 11 anos;, afirmou Mantega destacando que, nesse período, houve a formalização de mais de 20 milhões de empregos. ;E continuamos gerando esse volume de crescimento importante. Absorvemos a mão de obra disponível na economia mesmo nos anos mais difíceis, o que não é trivial, porque nos outros países se gerou um grande contingente de desempregados e que continua existindo;, disse ele.



O ministro aproveitou o seminário para criticar os mais pessimistas do mercado e afirmou que quem apostou na teoria de que os países emergentes estavam em crise errou e ;fez análises rasas;. ;As moedas que tinham se desvalorizado começaram a se valorizar, jogando por terra algumas teorias. O real foi a divisa que mais se valorizou. Nos últimos três meses, subiu 8,29% e voltou ao patamar antes da crise nos emergentes;, disse.

O ministério da Fazenda prevê crescimento de 2,3% no Produto Interno Bruto (PIB), neste ano, e de 3%, em 2015, e de 4% em 2016 e 2017. ;Temos boas perspectivas de recuperar um crescimento mais vigoroso na economia brasileira. A crise internacional que afetou os países nos últimos cinco anos está arrefecendo e, portanto, abrindo as perspectivas de um novo ciclo de expansão da economia mundial;, destacou Mantega. Para ele, as economias avançadas, que estiveram no epicentro desses últimos cinco anos de crise, ainda têm vários problemas para resolver. ;Devagarinho, eles vão conseguindo ter um desempenho melhor. Por isso, nossas projeções são modestas, mas poderemos ter um desempenho melhor que o proposto;, disse.

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