Economia

França rejeita oferta de compra da General Electric pela Alstom

"Em seu estado atual, lamentavelmente não podemos aceitar as propostas apresentadas, limitadas à aquisição das atividades da Alstom no campo energético", diz ministro

Agência France-Presse
postado em 05/05/2014 20:19
O governo francês rejeitou a oferta de compra da divisão energética da empresa francesa Alstom feita pela americana General Electric. A recusa foi informada em carta enviada nesta segunda-feira (5/5) pelo ministro da economia, Arnaud Montebourg, ao presidente de GE, Jeff Immelt.

"Em seu estado atual, lamentavelmente não podemos aceitar as propostas apresentadas, limitadas à aquisição das atividades da Alstom no campo energético", afirmou o ministro na carta. A resposta manifesta a preocupação do governo francês em relação "à separação e ao isolamento do setor da Alstom especializado no transporte ferroviário, na medida em que a GE se limita à compra da parte de energia". Montebourg sugere que a GE ceda à Alstom Transport suas atividades nesse setor.

"Seria altamente desejável garantir um futuro mundial seguro à Alstom Transport, com a cessão a esta empresa das atividades de transporte da General Electric, incluindo trens de frete e de sinalização, que representam um volume de negócios de 3,9 bilhões de dólares", ressaltou o ministro.



A americana General Electric e a alemã Siemens disputam a compra da divisão energética de Alstom, que anunciou sua clara preferência pela GE. O conselho de administração da Alstom pronunciou-se no dia 30 de abril de forma favorável à oferta de 12,35 bilhões de euros feita pela GE, enquanto Montebourg não esconde sua preferência pela empresa alemã.

A Siemens quer comprar as atividades de energia da Alstom, que valem entre 10,5 e 11 bilhões, valor condicionado a uma auditoria de contas do grupo francês.

A Alstom está disposta a ceder, além de seus trens de alta velocidade e de suas locomotivas, o metrô e os trens que funcionam nas imediações, e também aceita ficar com uma participação de até 19% do grupo de transporte recém-constituído. Em troca, a Siemens pede à Alstom suas atividades de sinalização.

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