Economia

Mais greve no serviço público: Ministério Público ameaça cruzar os braços

A proximidade do Mundial estimula as reivindicações, que passam a ter maior repercussão

postado em 28/05/2014 06:05
Faltando 15 dias para o início da Copa do Mundo, o anúncio de greves no setor público não para de crescer. Hoje, os funcionários do Ministério Público da União farão manifestação em frente à Procuradoria-Geral da República para pressionar pela aprovação de dois projetos de lei, em tramitação no Congresso, que garantem aumento salarial para a categoria. Os servidores ameaçam entrar em greve na próxima terça-feira. São 14 mil funcionários em todo o país, sendo 8 mil no Distrito Federal.

Segundo a diretora do Sindijus, Ana Paula Cuscinato, a greve será feita em conjunto com os funcionários do Judiciário, que são cerca de 20 mil em Brasília. Ela garante que 30% dos servidores designados para o atendimento direto à população vão continuar trabalhando, mas em ritmo muito mais lento.

O IBGE, cujos funcionários estão em greve desde segunda-feira, informou que, apesar da paralisação parcial de 11 unidades estaduais e da sede do órgão, no Rio de Janeiro, o calendário de divulgação de estudos e pesquisas está mantido. Na sexta-feira, será anunciado o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre. De acordo com a direção do instituto, em todo o país, a adesão foi de 12% dos servidores.

A proximidade do Mundial estimula as reivindicações, que passam a ter maior repercussão, já que os olhos do mundo estão voltados para o Brasil. Ontem, por exemplo, o site da rede de tevê britânica BBC e o da norte-americana CNN davam chamadas para as manifestações dos professores da rede pública fluminense, durante a apresentação da Seleção Brasileira na Granja Comary, em Teresópolis (RJ).

Ainda ontem, a Justiça Federal acatou liminar solicitada pela Advocacia-Geral da União para que os responsáveis pela greve de praças, policiais e bombeiros que atingiu Pernambuco, no inicio do mês, cubram os custos do emprego da Força Nacional, solicitada pelo governo do estado. Os gastos chegaram a R$ 1,1 milhão de acordo com a União.

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