Economia

Chance de derrota de Dilma anima mercados, que esperam por mudanças

Bolsa avança e dólar recua diante da possibilidade de a presidente não se reeleger. Com a economia em ritmo lento, analistas reduzem para 0,79% a previsão de crescimento do PIB neste ano e continuam vendo a inflação perto do teto da meta

Rosana Hessel
postado em 19/08/2014 06:01

A reviravolta no quadro eleitoral, que agora tem a ex-senadora Marina Silva (PSB) à frente da presidente Dilma Rousseff (PT) num provável segundo turno, animou o mercado financeiro ontem. A possibilidade de que a petista perca as eleições, que ainda não estava tão clara no radar dos analistas de bancos e de corretoras, deixou os investidores eufóricos. O resultado foi que a Bolsa de Valores de São Paulo (BM) avançou 1,05% e o dólar recuou 0,27%, para R$ 2,26 ; um movimento que se repete sempre que a presidente aparece em desvantagem nas pesquisas.

;O recado do mercado parece claro: não importa quem vença as eleições, desde que não seja Dilma Rousseff;, analisou o economista-chefe de um grande banco de investimentos. A rejeição à petista reflete a desaprovação do setor privado a políticas implementadas pelo governo, especialmente nos setores de energia e petróleo, que mais sofrem com o intervencionismo do Planalto. Mas expressam também a insatisfação cada vez maior com os fracos resultados da atual administração, marcada por inflação em patamar elevado e baixíssimo crescimento da produção, uma combinação que a maioria dos economistas atribui a erros na condução da política econômica.

Ontem, por exemplo, os analistas ouvidos pela pesquisa Focus, do Banco Central, reduziram pela 12; semana consecutiva a previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. A estimativa recuou de 0,81%, na semana passada, para apenas 0,79%. Enquanto isso, a expectativa para a inflação mal saiu do lugar: passou de 6,26% para 6,25%.

;O mercado está convencido de que a economia trilha um caminho sem volta de baixo crescimento. Há uma sucessão de notícias ruins que tem feito os analistas continuarem cortando suas projeções;, disse o economista-chefe do Banco ABC Brasil, Luis Otávio de Souza Leal.

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