Economia

Voos internacionais partem normalmente na Argentina; nacionais cancelados

Os cancelamentos afetaram todas as companhias aéreas que operam com destino ou a partir do Aeroparque, encravado na capital, de onde chegam e saem voos de cabotagem e alguns a países vizinhos como Chile, Uruguai, Paraguai e a diversas cidades brasileiras

Agência France-Presse
postado em 28/08/2014 14:00
A Argentina acordou nesta quinta-feira (28/8) sem trens ou voos nacionais em meio a uma greve convocada por três centrais sindicais que se opõem ao governo da presidente Cristina Kirchner, que foi acatada de forma parcial.

Os sindicatos denunciam que a inflação anual, superior a 30%, pune sem piedade o bolso dos trabalhadores e o desemprego cresceu de 7,1% no primeiro trimestre deste ano a 7,5% no segundo.

Governo e sindicatos polemizaram sobre a adesão à greve, já que, segundo os organizadores, 80% dos trabalhadores se mobilizaram, enquanto as autoridades estimam que 75% dos trabalhadores não pararam.

No aeroporto internacional de Ezeiza, os voos pousavam e decolavam em seus horários, à exceção daqueles das companhias locais Aerolíneas Argentinas e Austral. Agentes de imigração e controladores de tráfego aéreo do principal aeroporto do país estavam em seus postos de trabalho.

Os cancelamentos afetaram todas as companhias aéreas que operam com destino ou a partir do Aeroparque, encravado na capital, de onde chegam e saem voos de cabotagem e alguns a países vizinhos como Chile, Uruguai, Paraguai e a diversas cidades brasileiras.

O influente sindicato dos bancários, que apoiou a greve, terminou afetando apenas o banco estatal, e a grande maioria das praças privadas funcionavam normalmente, constatou a AFP.


Durante a manifestação convocada pelas três centrais sindicais contrárias ao governo peronista de centro-esquerda de Kirchner, os partidos da esquerda radical bloquearam os principais acessos a Buenos Aires, enquanto os trens e algumas linhas de metrô pararam, mas os taxistas e ônibus funcionavam normalmente.

Na Argentina, há 11 milhões de trabalhadores registrados, 40% dos quais são sindicalizados, enquanto outros quatro milhões não têm emprego formal.

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