Economia

Setor de supermercados deve crescer 1,9% em 2014, estima associação

Para 2015, a Associação Brasileira de Supermercados estima que haja elevação de 2,5%

Rodolfo Costa
postado em 17/09/2014 11:13
Pressionado pelo baixo crescimento da economia e pela alta da inflação, o setor supermercadista prevê para 2014 um crescimento de vendas de 1,9%, o pior ano desde 2006, quando o segmento registrou uma queda de 1,6% naquele ano. Para o próximo ano, contudo, o otimismo segue em baixa. Apesar de uma expectativa superior, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) acredita que o Índice Nacional de Vendas deve ter um aumento de 2,5%. A projeção é abaixo até mesmo da prevista inicialmente para este ano, de 3%.

Dados mostraram a evolução dos preços em 35 produtos de grande consumo como frutas, legumes e verduras, carnes, cereais, bebidas e itens de higiene e limpeza

[SAIBAMAIS]O presidente da instituição, Fernando Yamada, reconhece o momento desfavorável, mas destaca a força do setor frente ao cenário de recessão técnica. ;Apesar do ritmo mais fraco da economia, vamos crescer acima do Produto Interno Bruto (PIB). Acreditamos que o consumidor tende a melhorar o otimismo, procurando diversificar os canais de compras para manter o consumo;, avaliou. Para 2015, a Abras espera mais um ano de baixa elevação, de 1,3%, com uma taxa de desemprego a 5,8% e um reajuste do salário mínimo de 8,8%.



A elevação dos preços deve continuar a pressionar o setor no próximo ano, principalmente na área de alimentos. ;Devemos ter mais um ano onde o clima deve impactar a safra de algumas culturas, além de questões de mercado. O país continuará exportando carne para o exterior, o que deve aumentar o custo da carne para o consumidor;, disse Yamada. Para o próximo ano, a Abras prevê uma inflação de 6,3%.

Cesta encarecida

No acumulado do primeiro semestre deste ano, o índice Abrasmercado, que mede a variação da cesta básica de 35 produtos, indicou um aumento de 4,72%, acima dos 3,75% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O setor atribuiu a alta ao calor excessivo no verão, à falta de chuvas nas regiões sul e sudeste, ao maior consumo de carnes durante a Copa do Mundo e às exportações de carne.

O jornalista viajou a convite da Abras

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