Economia

Bancários recusam reajuste e devem entrar em greve no fim do mês

A reivindicação categoria é por um aumento de 12,5%

postado em 20/09/2014 07:02

Os bancários recusaram ontem a proposta de reajuste salarial de 7% apresentada pelos bancos e acenaram com a possibilidade de greve por tempo indeterminado a partir de 30 de setembro. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), ligada à CUT, que neste período pré-eleitoral não havia se manifestado como em outros anos pelo reajuste, resolveu agir. Em comunicado, afirmou que a oferta apresentada pela Federação Nacional de Bancos (Fenaban) é ;insuficiente; e que aprovou calendário de mobilização com assembleias de trabalhadores marcadas para 25 e 29 a fim de decidir sobre a greve.

De acordo com o Comando Nacional dos Bancários, os sindicatos não defenderão a aprovação da proposta em suas bases. ;A média dos ganhos reais das categorias que negociaram no primeiro semestre foi de 1,54%. Os bancos têm rentabilidade bem mais alta que outros setores, com condições de aceitar as reivindicações;, afirmou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira.

Segundo a entidade, o índice de 7% representa um ganho real de 0,61%. A reivindicação dos bancários é o aumento de 12,5%. Para a Febraban, ;a proposta apresentada viabiliza uma negociação célere para o fechamento de um acordo;, segundo o diretor de Relações do Trabalho da federação, Magnus Ribas Apostólico.

No ano passado, os trabalhadores do setor promoveram uma greve de 23 dias, que foi encerrada após os bancos oferecerem reajuste de 8%, com ganho real de 1,82%. A duração da greve na época levou a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas a pedir um acordo para o fim da paralisação, temendo perdas.

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