Economia

Ex-estagiária do INSS acusada de rombo de R$ 20 milhões é presa em BH

Mulher é investigada em diversos inquéritos policiais e condenada em duas ações penais pela prática de estelionato

Estado de Minas
postado em 21/11/2014 15:44
mulher cobrava R$ 2 mil por documentos e ficava com a primeira parcela dos benefícios obtidos por meio da fraude

A Polícia Federal desmontou uma organização especializada em fraudar o INSS, nesta sexta-feira (21/11), em Belo Horizonte. A investigação descobriu que uma ex-estagiária do INSS investigada em diversos inquéritos policiais e já condenada pela Justiça Federal em duas ações penais pela prática de estelionato, continuava agindo na capital mineira e no interior do Estado. A então estagiária é acusada de provocar um rombo de até R$ 20 milhões nos cofres públicos, na forma de benefícios previdenciários fraudados.

A suspeita, que tem 48 anos e trabalha como psicóloga, não teve o nome revelado e foi presa na Operação Lewinsky. Ela é apontada como responsável por providenciar documentos fraudados de comprovação de tempo de serviço para interessados em obter aposentadoria. Mediante pagamento, ela aliciava interessados e fornecia a eles documentos contendo vínculos empregatícios falsos na forma de certidões de tempo de serviço de órgãos públicos.

O delegado Marcílio Zocrato, que presidiu o inquérito, acredita que no período em que a suspeita atuou no órgão "ela tenha aprendido com tramitam os processos no INSS" para pôr em prática a fraude. Ainda de acordo com o delegado, a mulher cobrava R$ 2 mil por documento e ainda ficava com a primeira parcela dos benefícios obtidos por meio da fraude.

Os policiais cumpriram dois mandados judiciais de busca e apreensão e um de prisão preventiva nas regiões Oeste e Centro-Sul de Belo Horizonte. A estelionatária foi presa e será encaminhada ao presídio, onde permanecerá à disposição da Justiça Federal.

A psicóloga já foi investigada em 2004 pelo mesmo tipo de crime e chegou a ser condenada, mas a Justiça Federal aplicou pena alternativa porque a sentença determinou período de prisão inferior a quatro anos.

Ela responderá pelos crimes de uso e falsificação de documentos, além de estelionato qualificado, podendo ser condenada a uma pena de seis anos e meio de prisão por cada golpe contra o INSS. Segundo a PF, com a continuidade das investigações, serão instaurados inquéritos policiais específicos para cada aposentado beneficiado pelo esquema, com pena prevista de seis anos e meio de prisão.



[SAIBAMAIS]Mesmo condenada, de acordo com o delegado Felipe Drummond, ela continuou a cometer a fraude em Belo Horizonte e em Divinópolis, na região central de Minas. Ela foi encaminhada à Penitenciária Estevão Pinto, na capital. A PF informou que também vai instaurar inquéritos para investigar os beneficiários do esquema, que podem ser condenados a penas semelhantes.

Com informarções de Agências

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