Economia

Deficit nas transações do Brasil com o exterior se agrava, diz BC

Segundo o Banco Central, os resultados negativos deste ano e do próximo serão recordes

postado em 20/12/2014 08:02
Em meio ao quadro de grandes incertezas na economia global, o Brasil vai amargar rombos históricos nas contas externas neste ano e no próximo. Na sexta-feira, (19/12), o Banco Central (BC) revisou para cima a previsão do deficit nas transações com o exterior em 2014, passando a prever um buraco de US$ 86,1 bilhões, o maior da história. Confirmado esse número, o saldo negativo acumulado nos quatro anos do primeiro governo da presidente Dilma Rousseff chegará a assustadores US$ 274 bilhões ; cinco vezes mais do que os US$ 54,7 bilhões registrados em oito anos da administração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

[SAIBAMAIS]É uma situação que deixa a economia fragilizada. Somente nos últimos 12 meses, a diferença entre o que o país pagou e o que recebeu nas transações de comércio, serviços e rendas com o exterior, chegou a US$ 88,6 bilhões. O valor representa 4,05% do Produto Interno Bruto (PIB), o índice mais elevado desde 2001. É um nível observado normalmente em economias em crise. Não é a toa que o Brasil, ao lado de Índia, África do Sul, Turquia e Indonésia, figura na lista das cinco nações com maiores desequilíbrios nas contas-correntes, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Nesse grupo, conhecido como os ;cinco frágeis;, o país é o que apresentou a deterioração mais acentuada nos últimos anos.

Segundo o Banco Central, os resultados negativos deste ano e do próximo serão recordes

O diretor do Departamento Econômico do BC, Túlio Maciel, explicou que a piora nas estimativa do BC, que previa, até agora, um deficit de US$ 80 bilhões em 2014, ocorreu porque, mesmo com a atividade econômica estagnada, o Brasil deverá fechar o ano com um saldo negativo de US$ 2,5 bilhões na balança comercial, que contabiliza as exportações e as importações. A previsão é superior à dos analistas de mercado, para os quais a conta será de US$ 1,6 bilhão. O desequilíbrio comercial, o primeiro que o país amarga desde 2000, deve-se, segundo Maciel, à ;desvalorização de commodities com peso importante nas exportações brasileiras, como minério de ferro, além do saldo negativo na conta petróleo;.

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