Economia

Inflação sobe mais e se aproxima do percentual máximo tolerado

Para 2015, especialistas apostam no estouro da margem, e a conta de luz será a grande vilã

Rosana Hessel
postado em 10/01/2015 08:09
Para 2015, especialistas apostam no estouro da margem, e a conta de luz será a grande vilã

A inflação está se acelerando e o brasileiro precisa se preparar para um forte aumento dos preços neste ano, sobretudo, o das tarifas públicas, como a conta de luz e as passagens de ônibus e de metrô, que vinha sendo contido pelo governo até o ano passado. Até agora, o maior impulso partia de alimentos e de bebidas. Em 2014, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro avançou em relação a novembro, de 0,51% para 0,78%, encerrando o ano com alta acumulada de 6,41%, conforme dados divulgados ontem pelo Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado do mês passado ficou acima da expectativa dos economistas ouvidos pelo Banco Central (BC), de 0,75%. A elevação anual foi também a maior desde 2011, quando o índice acumulado chegou a 6,5% ; o teto da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Neste ano, o IPCA, indicador da inflação oficial, deverá chegar a 6,71%, de acordo com a média das estimativas dos economistas que mais acertam do relatório semanal Focus, do BC, chamados de Top Five.

As previsões de inflação dos bancos para 2015 vão de 6,5%, como a do Itaú e do BES Investimento do Brasil (Besi), a 6,8%, dos bancos Santander e Bradesco. Mais pessimistas, algumas consultorias apostam em percentual ainda maior este ano, a exemplo dos 6,9% da LCA. O consenso entre os especialistas é, então, de que a carestia vai estourar o limite imposto pelo CMN, após 11 anos de o IPCA ter ficado acima do centro da meta, de 4,5% anuais.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ressaltou ontem que a inflação ;ficou dentro do combinado;, considerando o IPCA anual abaixo de 6,5%. Mas reconheceu que o indicador registrará este mês alta maior do que ;em alguns meses do ano passado;. ;Em parte, porque janeiro e fevereiro são meses em que têm mais reajustes, como escola, IPTU e ônibus. Além disso, para a economia voltar a crescer, temos que fazer arrumações, e isso pode mexer em alguns preços;, explicou ele durante bate-papo na manhã de ontem no Facebook.

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