Economia

Medidas anunciadas pela Fazenda contradizem promessas de campanha de Dilma

Medidas pretendem corrigir os desequilíbrios acumulados no primeiro mandato e avançam no bolso dos consumidores e dos contribuintes

Rosana Hessel
postado em 17/01/2015 08:11
Em apenas duas semanas, o economista Joaquim Levy teve pouco tempo para mostrar seu trabalho à frente do Ministério da Fazenda. No entanto, ele vem tentando imprimir sua marca paulatinamente, enquanto evita bater de frente com a presidente Dilma Rousseff, já que seu receituário para colocar o país nos eixos joga por terra a política macroeconômica do primeiro mandato da petista.

Apesar de negar que esteja preparando um ;saco de maldades;, Levy reconheceu nesta semana que o aumento dos impostos será inevitável. Nos últimos quinze dias, várias medidas que vão nessa direção ganharam corpo, e outras ainda estão por vir. Somente a recomposição das alíquotas de três tributos levará aos cofres do governo cerca de R$ 30 bilhões, o equivalente a um ano de Bolsa Família.

Nesse conjunto, estão incluídos o fim do desconto do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos, produtos de linha branca e materiais de construção; a volta da Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico (Cide) sobre a gasolina; e a possível volta da cobrança pelo teto do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas operações de crédito. Para o economista e especialista em contas públicas Felipe Salto, o impacto desses três tributos pode ser ainda maior e chegar a R$ 37 bilhões em 2015.

Antes mesmo de assumir o cargo, o ministro adiantou algumas medidas para aliviar o caixa da União, que fechou 2014 no vermelho. Foi o caso da alteração das regras do acesso aos benefícios trabalhistas e previdenciários, como seguro-desemprego e pensão por morte, divulgada no fim do ano passado. A expectativa do governo é economizar R$ 18 bilhões somente neste ano, apesar de especialistas acreditarem que esse número esteja ;superestimado;.

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