Economia

Órgãos federais não poupam com eletricidade, despesa subiu 62,8% em 10 anos

Basta um passeio pela capital do país à noite ou durante a madrugada para perceber a incapacidade dos gestores de levarem a sério a crise energética

postado em 01/02/2015 08:05
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Em um país à beira do racionamento de energia, o governo está longe de dar exemplo de economia. A escalada da conta de luz, acompanhada das ameaças de apagão, obrigou os consumidores a se sacrificarem no dia a dia, mas os órgãos públicos não parecem preocupados. Se na casa dos brasileiros manter iluminados cômodos vazios virou ; mais do que nunca ; algo inaceitável, salas, corredores e gabinetes de ministérios e de autarquias continuam às claras, para quem quiser ver, fora do horário do expediente.

Na última década, os gastos da União com energia em dependências do setor público federal espalhadas pelo país saltaram 62,8%. O montante ; não incluindo as contas das estatais ; pulou de R$ 921 milhões, em 2004, para R$ 1,5 bilhão no ano passado, conforme levantamento da Associação Contas Abertas, com base em dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siaf), do governo. A diferença engloba reajustes tarifários e aumento de consumo.

Basta um passeio pela capital do país à noite ou durante a madrugada para perceber a incapacidade dos gestores de levarem a sério a crise energética. Na última terça-feira, com exceção do prédio da Defesa, os outros 16 ministérios mantinham luzes acesas no térreo e em praticamente todos os nove andares, apesar dos estacionamentos vazios. Perto das 22h, computadores e um projetor multimídia podiam ser vistos ligados às moscas.

Os órgãos flagrados esbanjando claridade na noite brasiliense alegam ser possível que servidores ainda estivessem no batente, o que, segundo comunicados oficiais, explica a quantidade de lâmpadas ligadas na Esplanada esvaziada. ;A verdade é que só pobre faz racionamento;, desabafa o taxista Charley Sales, 40 anos, indignado com o clarão dos prédios.

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