Economia

Taxa de desemprego diminui e tendência de inflação melhora na Eurozona

A taxa de desemprego foi de 11,2% em janeiro, depois do resultado de 11,3% em dezembro, ou seja, 140.000 desempregados a menos. No total, eram 18,059 milhões de pessoas sem trabalho em janeiro.

Agência France-Presse
postado em 02/03/2015 13:54
Bruxelas - A economia da Eurozona registrou nesta segunda-feira indicadores promissores, com um novo retrocesso do desemprego e uma melhora na tendência da inflação, mas os economistas permanecem prudentes.

O índice de desemprego voltou a cair em janeiro na Eurozona, pelo segundo mês consecutivo, e registrou o menor nível desde abril de 2012, segundo os números divulgados pela agência europeia de estatísticas Eurostat.




A taxa de desemprego foi de 11,2% em janeiro, depois do resultado de 11,3% em dezembro, ou seja, 140.000 desempregados a menos. No total, eram 18,059 milhões de pessoas sem trabalho em janeiro.

A mesma tendência foi registrada no conjunto da União Europeia (28 membros). O desemprego caiu um décimo na comparação com o mês anterior, a 9,8%, o que representa 156.000 pessoas a menos. As pessoas sem emprego eram 23,815 milhões em janeiro em toda a UE.

A Alemanha registrou o menor índice de desemprego, 4,7%, enquanto a Grécia registrou a maior taxa, de 25,8% (dados relativos a novembro).

A Eurostat também publicou a primeira estimativa sobre a inflação em fevereiro. O índice de preços continuou no negativo, pelo terceiro mês consecutivo, mas a contração foi menos pronunciada.

Os preços nos 19 países membros da Eurozona registraram contração de -0,3% em fevereiro, depois de um resultado de -0,6% em janeiro.

"O risco de deflação é atenuado progressivamente", afirmou Peter Vanden Houte, analista do ING.

A deflação é um fenômeno nocivo para a economia caracterizado por uma redução prolongada e generalizada dos preços, que adia o consumo por conta da expectativa de que os preços continuarão em baixa e que repercute sobre uma baixa salarial.

Outro elemento positivo, segundo Howard Archer, da IHS Global Insight, é que "não existem atualmente muitos sinais de que os consumidores adiam as compras".

"Isto deveria atenuar o temor de uma deflação generalizada na zona do euro com efeitos negativos para o crescimento", disse Archer, que também citou um alívio ao Banco Central Europeu, que se comprometeu em 22 de janeiro a injetar mais de um bilhão de euros para estimular o consumo.

Os números desta segunda-feira significam "uma dose dupla de boas notícias", segundo Archer, que destaca que "o mercado de trabalho parece beneficiar-se de uma aceleração do crescimento no quarto trimestre de 2014".

"Mas a recuperação na zona do euro é incerta há vários anos se seria pouco prudente gritar vitória", disse Vanden Houte.

Ele também lembra que apesar da leve queda no índice de desemprego, o nível continua sendo superior em quatro pontos ao do início da crise em 2008.

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