Economia

Dólar atinge a marca histórica de R$ 3, com alta de R$ 2,1%

Na avaliação dos investidores, são elevados os riscos de o país ser rebaixado pelas agências de classificação de risco

Vicente Nunes
postado em 04/03/2015 13:11
O dólar atingiu a marca histórica de R$ 3 há pouco no mercado financeiro, com alta de 2,1%, refletindo toda a insegurança dos investidores em relação ao embate político entre o presidente do Senado, Renan Calheiros e a presidente da República, Dilma Rousseff, tendo como pano de fundo o ajuste fiscal. Na avaliação dos investidores, são elevados os riscos de o país ser rebaixado pelas agências de classificação de risco caso o governo não consiga entregar a meta fiscal de 1,2% do PIB, prometida pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

[SAIBAMAIS]Neste momento, a equipe econômica está reunida com representantes da Standard & Poor;s no Ministério Fazenda destrinchando o pacote fiscal preparado pelo governo. Pela classificação da S, o Brasil está há um passo de perder a chancela de grau de investimento. Caso isso aconteça, o país pagará mais caro para tomar recursos no mercado internacional e as portas para as empresas brasileiras podem ser fechadas.



O Brasil está hoje no centro da desconfiança dos mercados mundiais, pois há indicativos de que além do PT, o PMDB possa se virar contra o ajuste fiscal de Levy. No total, o governo já anunciou um arrocho de R$ 111 bilhões. No centro da disputa entre Renan Calheiros e Dilma Rousseff está a Medida Provisória (MP) 669, que trata da desoneração da folha de pagamento das empresas.

O governo decidiu aumentar em até 150% as alíquotas cobradas das empresas. Quem pagava 1% sobre a folha, passará a pagar sobre o faturamento, 2,5%. Quem pagava 2% pagará 4,5%.

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Bovespa opera em queda

As disputas relacionadas às medidas de ajuste fiscal e as investigações da Operação Lava-Jato, sobre corrupção na Petrobras, também causam impacto na Bolsa de Valores de São Paulo. Às 13h23, o Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, operava em queda de 1,56%, aos 50.557 pontos. As ações primárias da Petrobras estavam em queda de 2,71%.

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